Eram 19h30 da noite dessa quarta-feira, 24, quando duas equipes, com cinco policiais civis cada, adentraram duas residências do Bairro Cipriano de Oliveira. O horário, atípico, foi ajustado de propósito, para pegar de surpresa traficantes que atuavam nos dois imóveis, que têm cerca de 100 metros de distância. Uma investigação, traçada ao longo do último mês e coordenada pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho, culminou na chamada Operação Asfixia.

“Essa operação é fruto de um trabalho de investigação que identificou pontos de tráfico a partir de uma série de denúncias que recebemos. Nós os monitoramos com o objetivo de intensificar o combate ao comércio de entorpecentes. Solicitamos que a comunidade siga colaborando, pois o objetivo é dar uma resposta reprimindo esse tipo de crime em Vera Cruz”, comentou a delegada.

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Os agentes da Delegacia de Polícia de Vera Cruz identificaram que um homem de 40 anos e sua esposa, de 29, que moram em uma casa da Rua Professor Edgar Sander, e uma mulher de 41 anos, que reside no outro imóvel na Rua Vereador Ottmar Krause, realizavam em ambos os locais o tráfico de drogas. A ação contou com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Cruz do Sul.

A Gazeta do Sul acompanhou com exclusividade a operação. Uma equipe de policiais entrou por uma das ruas e a outra chegou pela outra quadra, para não chamar a atenção dos criminosos. Nos pontos, os agentes apreenderam porções de cocaína não fracionadas e também picadas, já prontas para venda, balança de precisão, dinheiro e outros apetrechos relacionados ao comércio de entorpecentes.

Também joias e uma máquina de cartão de crédito foram apreendidas. Na residência em que o homem de 40 anos foi preso, sua esposa, de 29, também investigada pela DP de Vera Cruz, não estava. Ela terminou por ser localizada posteriormente, na casa da vizinha traficante, de 41, quando os policiais cumpriram o segundo mandado de busca.

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Informalmente, ao ser questionada, afirmou que a máquina de cartão de crédito que estava na casa era utilizada por usuários para pagar pelas drogas compradas no local. Essa mesma mulher tem relação de parentesco com uma outra traficante presa pela DP de Vera Cruz, na chamada Operação Game-Over, deflagrada em 31 de julho do ano passado.

Após registro das prisões na delegacia, os presos foram conduzidos ao presídio. Seus nomes não foram revelados. As investigações seguem para identificar quem era o comandante dos pontos, para quem os traficantes trabalhavam.

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