Santa Cruz do Sul

Mapa da Riqueza coloca renda de Santa Cruz como a 71ª maior no Brasil

A população de Santa Cruz do Sul tem a 71ª maior renda média entre todos os municípios brasileiros e a 17ª em todo o Rio Grande do Sul, conforme o Mapa da Riqueza, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado na semana passada. O levantamento mostra que a renda média na Capital do Tabaco é de R$ 2.130,66, com base em números do Imposto de Renda de 2020.

Entre a população de Santa Cruz do Sul, 22,7% são declarantes do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), ficando na 34ª posição do ranking entre os 497 municípios gaúchos e em 112º entre os brasileiros. A renda média dos declarantes é de R$ 9.385,50 e o patrimônio líquido, de R$ 382.861,46.

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A renda média da população do município aumentou 2,27% em relação a 2019 (13º no Estado e 66º no País) e o patrimônio líquido médio, 7,95% (20º no Estado e 77º no País). Entre os municípios com mais de 50 mil habitantes, Santa Cruz do Sul está na 47ª posição entre os que possuem renda média da população mais alta e em 37º se for considerado o patrimônio líquido médio.

A renda média da população brasileira em 2020 foi de R$ 1.310,00, enquanto a do Rio Grande do Sul, de R$ 1.672,93. O Estado é o quarto no ranking nacional com as maiores médias, atrás de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Já o patrimônio líquido médio da população brasileira é de R$ 47.432,00 e do Rio Grande do Sul, de R$ R$ 64.113,00.

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O estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível. A análise é útil para desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio. “Assim, podemos pensar os critérios para declaração do Imposto de Renda como uma linha de riqueza que permite identificar os residentes no País com maior poder de compra”, ressalta o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social e Fundador do Centro de Políticas Sociais (FGV Social/CPS).

Tunas possui a menor renda média entre todos os municípios do Estado

Entre todos os 28 municípios do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, Santa Cruz do Sul é o único com renda média da população superior à média estadual. Tunas tem a menor renda média do Estado, com apenas R$ 176,73. Outras três localidades da região aparecem entre as dez piores colocadas no Rio Grande do Sul: Passa Sete, na 491ª posição (renda média de R$ 248,21); Lagoão, em 490º (renda média de R$ 264,05); e Lagoa Bonita do Sul, em 487º (renda média de R$ 267,30).

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A desigualdade de renda no País é ainda maior do que o imaginado. Essa é a principal conclusão do FGV Social unindo a base de dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) à da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é, conforme o estudo da FGV. Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia. Pela abordagem usual, o Gini – instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo – teria caído de 0,6117 para 0,6013.

De acordo com o estudo, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497,00 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, o que representa 29,6% da população total do Brasil. Em dois anos (2019 a 2021), 9,6 milhões de pessoas tiveram sua renda comprometida e ingressaram no grupo de brasileiros que vivem em situação de pobreza.

“A pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica da PNADC em 2012, perfazendo uma década perdida. Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, destaca o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social.

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O objetivo da pesquisa é avaliar o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos no Brasil, usando os microdados da PNAD Contínua Anual, recém-disponibilizados pelo IBGE. O FGV Social explorou, inicialmente, o cenário básico dos grandes números da pobreza nacional. Após essa primeira análise, o estudo fez a espacialização desses números em unidades da federação e estratos geográficos, que constitui a principal contribuição do levantamento. Na etapa final, foi fornecida uma visão de prazo mais longo conectando com resultados anteriores.

“Mapeamos a influência das escolhas metodológicas usadas na medição e de uma miríade de linhas de pobreza nacionais e internacionais nos resultados encontrados. Os maiores níveis e incremento da pobreza na pandemia são robustos. Eles pintam o mapa da pobreza brasileiro em tons mais fortes de tinta fresca”, complementa Marcelo Neri.

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