Desde que os cadastradores do programa Mapa da Cidade começaram a percorrer as ruas de Santa Cruz do Sul, no início de julho, dez mil imóveis de seis bairros já foram registrados pelas duplas. O número equivale a 14,3% do total de 70 mil unidades a serem visitadas no município. Para cumprir o cronograma de cadastramento, que é de 12 meses, as equipes precisariam inscrever em torno de 5,8 mil imóveis por mês. Esta média, contudo, está em 3,3 mil.
De acordo com o coordenador do programa, Marcelo Gaedke, a ausência dos moradores no momento das visitas é a principal causa do atraso, o que faz com que os cadastradores tenham que realizar até três visitas para localizar as famílias. Se ninguém for encontrado ao final das tentativas, a verificação é realizada a partir das imagens feitas por carro e avião e dos relatos do que as duplas enxergaram de fora do pátio. “Por se tratar do início de um processo totalmente novo, alguns ajustes precisaram ser feitos nas equipes. Daqui para frente, a tendência é de que fique mais cada vez mais ágil”, afirmou.
Para o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Jeferson Gerhardt, com as equipes mais adaptadas, a expectativa é aumentar a eficiência dos cadastros de forma progressiva. “Na nossa estimativa o número já deveria ser mais alto, mas considerando que as equipes ficarão cada vez mais eficientes, acredito que será possível cumprir o cronograma.” A Prefeitura ainda não contabilizou o número de imóveis irregulares no município, dado que deve ser revelado na próxima semana, quando forem encerradas as visitas nos bairros Universitário e Renascença.
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Até o momento, já foram finalizados os cadastramentos nos bairros Goiás, Avenida, Várzea e Independência. No Universitário, foi finalizada ontem a primeira visita. Já o Renascença recebe a terceira visita neste sábado, desde que não chova. Todos os imóveis são visitados até três vezes, em turnos diferentes e com a última sempre aos sábados, para aumentar a chance de haver alguém no local. O próximo bairro percorrido será o Santo Inácio e, conforme Gaedke, o Higienópolis deve vir na sequência. Ao todo, o programa conta com 40 setores, entre bairros e condomínios fechados.
Sobre o programa
O objetivo do Mapa da Cidade é coletar informações para que a Prefeitura possa atualizar a planta de imóveis, que serve de base para o cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Dessa forma, o Palacinho quer garantir que o valor pago esteja de acordo com a propriedade; detalhar as condições de infraestrutura das ruas; corrigir problemas com numeração predial; mapear as atividades econômicas e identificar áreas de risco e de ocupação irregular. O programa terá quatro etapas.
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A primeira consistiu em um levantamento fotoaéreo, de alta resolução, do município. Na segunda, um veículo equipado com câmeras que captam imagens em 360 graus percorreu as ruas. A fase atual é de visitas e, na última, os dados serão reunidos em um sistema e disponibilizados à população. O investimento total no programa é de R$ 3,9 milhões. A empresa Topcart, do Distrito Federal, é a responsável pelo projeto.
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