Linhas, agulhas e muito amor pelo próximo. É assim que poderíamos resumir a ação social “Mãos que aquecem o coração”, uma iniciativa da Associação das Trabalhadoras Rurais de Sobradinho, que conta com o apoio do Escritório Municipal da Emater e outros parceiros. A atividade teve a primeira edição realizada há um ano atrás, quando foi desenvolvida em parceria com o Rotary Club de Sobradinho. “Neste ano, em reunião com a diretoria da Associação, resolvemos dar continuidade a essa ação social. É uma causa tão nobre que ajuda várias outras pessoas”, afirma a extensionista rural e social da Emater de Sobradinho, Elisabete de Vargas.
Bete salienta que essa iniciativa, que iniciou na metade de junho, pensa muito no bem comum, é uma doação de tempo e de talento que as trabalhadoras rurais têm na confecção de roupas de bebê, meias adulto, meias infantis e toucas, todas confeccionadas em tricô e crochê. “Com a execução dessa ação social promovemos atividades de habilidades manuais com elas, já que não podemos nos reunir de forma presencial em um grande grupo, elas vão poder fazer isso à distância. Além disso, é uma terapia diante deste momento de pandemia, além de ajudar entidades com a doação das peças”, disse a extensionista.
Ainda está sendo desenvolvida uma campanha de doação de alimentos não perecíveis. As trabalhadoras também vão estar doando alimentos que irão incrementar essa arrecadação.
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A presidente da Associação das Trabalhadoras Rurais de Sobradinho, Aline Carla Schmengler, reforça que essa é uma causa nobre, que beneficia muitas pessoas, ajudando àqueles que não tem defesa por si próprios, que dependem de alguém, e esse alguém pode ser qualquer um que se disponha à ajudar. “Que essa ação sensibilize as pessoas para ajudar quem precisa”, disse. Conforme ela, essa ação é uma forma de manter as atividades mesmo diante da pandemia, “já que no meio disso tudo as pessoas não deixam de ter frio, fome, ter necessidades, e de forma cuidadosa, respeitando as medidas de prevenção, esse ato de amor ao próximo será realizado”.
Aline afirma que seu sentimento em relação à ação é de muito carinho pelas crianças e idosos. “A maioria das pessoas da terceira idade são frágeis e indefesas e dependentes da compaixão de alguém que possa ajudá-los. Aos inocentes recém-nascidos, a ação leva amor e esperança, para que cresçam e façam a diferença neste mundo. Que o alimento forneça não só o conforto de uma barriga cheia, mas também o pensamento de que há pessoas boas e generosas no mundo e que essa ação possa mudar a consciência das pessoas para nos apoiar, porque um dia todos nós iremos ficar velhos, assim como todos já fomos recém-nascidos”, explica.
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De acordo com Aline, através dessa iniciativa as trabalhadoras mostram seu protagonismo e união na sociedade. “Nós podemos fazer a diferença, nos doamos e nos unimos para fazer o bem ao próximo. Que pensamos em construir uma sociedade mais humana e solidária, em vez de uma hipócrita e egoísta. Devemos parar de pensar no próximo como um rival, mas sim como um companheiro de vida. Como diz minha grande amiga Bete: um pequeno gesto às vezes é o que precisamos para a realização de grandes obras”, enfatizou.
A vice-presidente da Associação das Trabalhadoras Rurais, Solange Guerreiro, salientou que o grupo pede apoio da comunidade para desenvolver a ação. “Um novelo já vai nos ajudar muito, se quiser doar mais, melhor”, destaca. Segundo Solange, as trabalhadoras rurais tem suas tarefas de casa, mas mesmo assim elas ainda tem um tempo para desenvolver essa ação de doação. “É uma ação muito importante, ainda mais diante desta pandemia, é sempre importante pensar um no outro”, afirma.
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O que será confeccionado pelo grupo será doado para entidades beneficentes, que são: a Casa Geriátrica Bem Viver, de Sobradinho; Hospital São João Evangelista – Unidade II; e para a Casa de Amparo Navegantes de Salto do Jacuí será realizada a doação de máscaras e alimentos.
Conforme Noêmia Melchior Tolotti, seu ingresso no grupo se deu a partir do convite da extensionista da Emater, Elizabete. “Sempre tive vontade de participar como voluntária de projetos sociais, então foi unir o útil e o agradável, fazer o que gostava e ajudar pessoas que precisavam”, conta.
Noêmia salienta que continuou confeccionando as peças mesmo depois da primeira edição da iniciativa. “Comprava as lãs e fui confeccionando enxovais para recém-nascidos e outros para crianças maiores. Fui colocando em cada ponto que fazia muito amor e carinho, a cada dia mais fui pegando gosto pela causa e continuo, pois é algo gratificante. Foram muitas peças, espero assim ter contribuído com pessoas que farão bom uso delas”, disse.
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Segundo ela, é uma felicidade e uma realização muito grande estar participando desta ação. “Sinto-me feliz e realizada, sou grata a Deus pelo que tenho e pela graça de poder ajudar essas crianças. Acredito que gentileza gera gentileza, ainda mais no momento que estamos vivendo com essa pandemia. Ações de carinho nunca são demais”, reforça.
Noêmia disse que projetos como esse devem continuar, serem permanentes. No caso de quem não sabe costurar, sugere que, quem desejar, poderia contribuir com doação de lãs, assim todos estariam contribuindo para aquecer quem sente frio, e aquecendo o próprio coração, num movimento para melhorar o dia a dia dessas pessoas que precisam.
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A extensionista Bete explica que as entregas das peças e dos alimentos serão feitas para o diretor das casas ou do hospital, seguindo todas as medidas de prevenção à Covid-19, através da adoção dos protocolos estabelecidos pela Vigilância Sanitária. Conforme ela, a Emater segue orientando, ajudando, articulando esse trabalho de motivação, para auxiliar as trabalhadoras, proporcionando esse suporte. “Essa ação aquece o frio e o coração de alguém, então elas estão muito felizes, realizadas com essa atividade mesmo à distância”, salienta.
Bete pediu a colaboração das pessoas para abraçar a causa para que o grupo consiga atingir sucesso nesta iniciativa: “Ficamos muito agradecidos. Para ter sucesso precisamos do apoio da população”.
Para a arrecadação de alimentos, há caixas disponíveis nos Supermercados Treviso de Sobradinho, matriz e filial. Já as caixas para arrecadação de novelos de linha estarão disponíveis na Tricolã e na AT Confecções. “Qualquer doação é bem-vinda, seja um novelo novo, um restinho de lã que sobrou… As trabalhadoras são muito criativas, elas vão emendar com outro pedacinho, vão fazer uma manta, uma meia de lã, enfim, tudo é útil”, reforça Bete.
A Associação das Trabalhadoras Rurais e a Emater também agradecem os apoiadores da iniciativa: ONG Você Mulher, AT Confecções, Loja Tricolã e Supermercados Treviso.
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