O técnico Mano Menezes avaliou que a vitória do Internacional por 1 a 0 sobre o Botafogo no domingo, 16, passou pela manutenção da forma de atuar do time fora de casa, em vez de pensar apenas na defesa. O treinador elogiou a produção da equipe, principalmente no segundo tempo. Na entrevista coletiva após o jogo, Mano admitiu que o time não iniciou tão bem, mas aos poucos começou a apresentar o que ele esperava. O crescimento ganhou ainda mais corpo na etapa final e foi coroado com o gol de Braian Romero aos 21 minutos.
“Começamos um pouco distante. Depois empurramos Alemão para a direita e construir de pé em pé. Tivemos duas ou três chances no primeiro tempo. Voltamos melhor no segundo, fizemos o gol e sustentamos até o final. A entrega é muito grande. São 11 jogos sem derrota. Estamos aí por fazer muito bem feita a nossa parte no campeonato”, disse o técnico. “Quando você se aproxima um pouco mais, o que é um fato raro, é inevitável que os comentários surjam. Mas nós não podemos perder o foco do que estamos disputando efetivamente. Vamos continuar fazendo a nossa parte. Temos a melhor campanha do returno. Isso é um crescimento do trabalho. Vamos continuar fazendo, sem olhar para o lado. Daqui a pouco, uma coisa que está próxima pode escapar. As diferenças ainda são pequenas entre os primeiros”, complementou.
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O treinador ainda falou sobre o bom momento vivido no Beira-Rio. Após passagens sem brilho por Palmeiras, Bahia e Al-Nassr, da Arábia Saudita, Mano voltou aos holofotes no Colorado. Pegou um time sob contestação da torcida após o desempenho com Alexander Medina e o colocou entre os principais do Brasileirão. “O pessoal nos mata um pouco cedo demais. Têm muita pressa. É difícil morrer. Minha mãe costuma reclamar de umas dores, mas não é tão fácil. Nós também. De uma hora a outra, a avaliação no Brasil fica um pouco precipitada. Desconsidera-se o trabalho de grandes treinadores. Os experientes, que já passaram por muitas coisas, conseguem como tenho entregado no Inter. É importante falar que a estrutura e material humano são mais importantes. O elenco tem qualidade, sempre acreditei nisso”, analisou.
O Inter terá três desfalques por suspensão na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Coritiba, no domingo, 23, às 18 horas, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela 33ª rodada do Brasileirão. Dois deles em campo, do volante Liziero e do meia-atacante Taison, além do técnico Mano Menezes.
Desde que assumiu o comando do Inter, contudo, Mano Menezes tem defendido a utilização de apenas um ponta entre os titulares, seja Wanderson ou Pedro Henrique. O outro lado, geralmente, é composto por um meio-campista, casos de Mauricio e Edenilson. Questionado a respeito da utilização de dois extremas ao mesmo tempo, o treinador não descartou a ideia no futuro, mas tratou de explicar o funcionamento ofensivo da equipe gaúcha.
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“Não é que eu não ache que seja possível jogar com dois extremos. Podemos jogar com dois extremos, mas quando jogamos com dois, eles fazem mais a beirada do que a construção pelo meio. Nós já temos um lateral (Bustos) que é quase um ponta. Se fecharmos o corredor para ele, com um outro ponta, nós perdemos um jogador no meio, além de perder a qualidade de apoio dele que vem de trás. Já joguei com dois pontas, mas é importante entender isso”, destacou.
O gol da vitória diante do Botafogo foi marcado pelo centroavante Braian Romero — o primeiro do argentino com a camisa colorada. Na saída para o vestiário, ele comemorou o momento.
“Estou contente e muito feliz. Meu primeiro gol pelo clube. Agradeço pelo momento vivido. As coisas não estavam saindo como queria, mas tinha de trabalhar para melhorar. Estou muito feliz”, declarou.
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A vitória do Inter sobre o Botafogo, neste domingo, teve um simbolismo importante para Taison. Depois de iniciar mais uma vez no banco de reservas, o camisa 7 ingressou no segundo tempo, no lugar de Wanderson, e participou da origem da jogada que terminou no gol de Braian Romero. Após anos de negociação para voltar ao Beira-Rio, o atacante perdeu protagonismo na equipe de Mano Menezes. Agora, luta para retomar o espaço.
“Tenho que mostrar dentro do campo o meu rendimento e hoje (domingo), graças a Deus, pude ajudar meus companheiros e estou muito feliz com a vitória”, comentou ele na zona mista do Engenhão.
Nesta temporada, Taison participou de 30 partidas, sendo titular em metade delas. Mas, segundo ele, a explicação para a oscilação dentro de campo está fora das quatro linhas. “Eu sou muito grato por ter voltado ao Inter. Meu ano está sendo muito complicado porque tive problemas familiares. Enterrei meu pai e meu irmão. Isso eu sinto todas as noites antes de dormir, sempre penso neles. Então, isso me afetava muito nos treinamentos, mas eu estou focado. Meu contrato está acabando e eu não vou acelerar as coisas”, explicou.
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Aos 34 anos, o ídolo colorado tem vínculo com o Inter até junho de 2023. Mas, sobre uma possível renovação, nem ele sabe precisar se ela ocorrerá. “Não posso falar que sim ou que não. Isso fica na mão dele (presidente Alessandro Barcellos). Estou preparado. Eu amo o clube e vivo muito o Inter. Se tiver de ficar, ficarei muito feliz”, concluiu.
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