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Manifestantes voltam às ruas em protestos no Irã

Protestos se espalharam nesse domingo, 12, ao redor do Irã pelo segundo dia, aumentando a pressão sobre os líderes do país, após as forças militares terem admitido que derrubaram por engano um avião ucraniano no momento em que Teerã temia ataques aéreos dos Estados Unidos.

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“Eles estão mentindo que o nosso inimigo é a América, nosso inimigo está aqui”, gritava um grupo de manifestantes do lado de fora de uma universidade em Teerã, segundo vídeos publicados no Twitter. Dezenas de manifestantes foram mostrados do lado de fora de outra universidade na capital e em protestos em outras cidades.

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Alguns veículos de imprensa relataram protestos em universidades, depois das manifestações de sábado, motivadas pelo anúncio do Irã de que suas forças militares haviam equivocadamente derrubado o avião ucraniano na quarta-feira, matando todas as 176 pessoas a bordo.

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Moradores do Irã disseram à agência Reuters que a polícia estava com forte presença nas ruas da capital, enquanto cresce a irritação da população após dias de negativas de culpa por parte das autoridades, mesmo após Canadá e Estados Unidos afirmarem que um míssil havia derrubado o avião.

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A nova escalada de raiva é mais um desafio para as autoridades, que lançaram uma sangrenta repressão a protestos em novembro. Os líderes também estão sofrendo para manter o bom andamento da economia devido a rigorosas sanções impostas pelos Estados Unidos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tuitou: “Aos líderes do Irã – não matem seus manifestantes. Milhares já foram mortos ou presos por vocês, e o mundo está observando”.

Avião
O avião da Ukraine International Airlines foi derrubado minutos após levantar voo de Teerã, na quarta-feira, quando forças iranianas estavam sob alerta para represálias dos EUA depois de ataques de ambos os lados. Muitos a bordo eram iranianos com dupla nacionalidade, e 57 tinham passaportes canadenses. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou que foi um “erro desastroso” e pediu desculpas. Mas um importante comandante da Guarda Revolucionária contribuiu para a fúria do público ao afirmar que havia dito às autoridades no mesmo dia da queda que um míssil iraniano atingira o avião.

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