O protesto que bloqueou a Rua Edmundo Baumhardt, no Bairro Margarida, em Santa Cruz do Sul, no início da tarde desta segunda-feira, 6, teve continuidade na noite. No fim da tarde, os moradores incendiaram pedaços de madeira no meio da via.
Ao cair da noite, mesmo com a queda na temperatura, cerca de 60 pessoas continuavam no local. Após uma solicitação da Brigada Militar, os manifestantes apagaram o fogo que trancava a pista e já causava preocupação. “Conversamos com as lideranças da manifestação e solicitamos algumas medidas que foram atendidas por eles, tais como apagar o fogo, levar as crianças para casa e uma atenção com os protocolos em relação à pandemia”, ressaltou o tenente-coronel Giovani Paim Moresco, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, que participou da abordagem.
“Entrei em contato com a Prefeitura e RGE, porém há questões que não são de competência da Brigada. Ainda assim, nos comprometemos em auxiliar no diálogo para resolução da situação”, complementou Moresco.
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Por volta das 20h15, cerca de 15 pessoas se deslocaram em veículos para a frente da Câmara de Vereadores, onde ocorria sessão ordinária. Dentre as manifestações, o grupo entoou gritos pedindo a presença do prefeito Telmo Kirst. O presidente da Câmara de Vereadores, Elstor Desbessel, saiu para conversar com os manifestantes.
O chefe do Legislativo explicou que a situação deveria ser regularizada pela Prefeitura, e não pela Câmara de Vereadores. Depois, alguns dos manifestantes foram até a frente da casa do prefeito, protestar.
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Conforme as lideranças, a manifestação reiniciará na manhã desta terça-feira, 7, na Aldeia. A BM irá observar a movimentação no local. “Vamos acompanhar no sentido daquilo que estiver na nossa alçada, em termos de ajudar a fomentar uma solução para o caso.” Os manifestantes afirmam que haverá uma tentativa de diálogo com a Prefeitura e com a RGE ainda na manhã da terça-feira.
O protesto é motivado pela falta de energia, que se estende desde a madrugada de domingo no local, quando ocorreu uma explosão em um poste de energia, na rua, segundo os moradores. O problema afetaria cerca de 40 famílias. Os próprios residentes admitem que a área é invadida e que as ligações de energia são irregulares, mas cobram providências com relação à falta de luz.
Contatada pela reportagem do Portal Gaz, a RGE afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a situação de falta de energia no local está em atendimento e que se “as condições técnicas e de segurança com a rede elétrica e a população estiverem dentro dos padrões, após a manutenção a energia será religada aos clientes regulares.”
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Já na noite da segunda-feira, 6, o prefeito Telmo Kirst se manifestou, por meio de nota enviada à redação da Gazeta do Sul: “Não tenho medo de protestos e muito menos de gente que está irregular e cujas residências são abastecidas por ‘gatos’ de luz ou água. Sou um ser humano e me preocupo com as pessoas. Vou exigir que a RGE, com investimentos que se fizerem necessários pela Prefeitura, para que com a devida ‘segurança’ religuem a luz das residências, condicionando a todos a regularização de sua situação. Ao contrário, não haverá interferência da Prefeitura num caso que cujo o abastecimento de luz compete exclusivamente a RGE.”
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