O feriado da Proclamação da República foi marcado pela intensificação do público na manifestação, em frente ao 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB). Desde o início da manhã desta terça-feira, 15, começou a maior mobilização entoando cânticos patrióticos, fazendo orações e com reprodução constante do Hino Nacional Brasileiro.
Com origem em diferentes municípios do Vale do Rio Pardo, eles reforçam a contrariedade ao resultado da eleição de 30 de outubro, apontando a possibilidade de que o processo eleitoral possa ter tido interferência. “Não aceitamos um chefe de quadrilha no maior cargo da nossa nação e não sairemos até que as devidas providências sejam tomadas”, defendem em carro de som.
Essa também é a opinião do aposentado e corretor de imóveis, Vilson Soder, de Santa Cruz do Sul. Acompanhado da família, ele tem ido para frente do 7º BIB a cada dois dias. “Nós queremos é a transparência do pleito. Desde a ‘descondenação’ o processo vem viciado. Não acreditamos até que se prove a lisura do pleito”, conta. Ele acrescenta crítica ao que considera interferência do Supremo Tribunal Federal (STF). “O ativismo do STF deixou desequilibrada a eleição”, aponta.
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Como resolução do problema, entende que seja necessária a auditagem das urnas eletrônicas, que podem evidenciar possível fraude ou falha. “Se provarem que está tudo certo, vamos recolher nossa manifestação”, garante.
Soder acrescenta o caráter ordeiro das manifestações, em Santa Cruz do Sul. “Não tem lixo, não tem zoeira, é uma ação orgânica, contando com a ajuda de cada um. O que queremos é a lisura”, reforça.
A mesma insatisfação com o processo eleitoral, evidenciada por Soder, é apontada pela servidora da Secretaria da Cultura de Vera Cruz, Débora Aline Riss. Ela carregava cartaz alertando sobre o perigo que estaria correndo a soberania nacional. “As eleições foram roubadas. Quero ter governante honesto, que se preocupa com as pessoas; quero lutar pelas próximas gerações”, defende.
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Os manifestantes acreditam que uma nova posição sobre auditagem ou verificação externa, que não do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), possa ser divulgada no dia 19 (sábado). A divulgação desse conteúdo pode definir os rumos das manifestações. Até lá, devem continuar em frente aos quartéis.
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