Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) ocupam desde as 4h desta terça-feira, 2, o prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília. Por volta das 7h30, cerca de 40 manifestantes seguiram para a Rodoviária do Plano Piloto. Eles bloquearam as seis vias de acesso e queimaram pneus, em protesto pela reforma agrária. Os manifestantes retornaram ao ministério e permanecem acampados em frente ao prédio até serem recebidos por alguma autoridade do governo.
Segundo o Tenente Bellino, da Polícia Militar do Distrito Federal, não houve confronto, e o trânsito ficou engarrafado por aproximadamente meia hora, até que o fogo fosse apagado pelos bombeiros e os pneus, retirados da via.
De acordo com Petra Magalhães, dirigente da FNL, a principal reivindicação do grupo é que a presidenta Dilma Rousseff atenda à pauta da reforma agrária. “Queremos que liberem as terras para os trabalhadores rurais sem terra, que façam as políticas de assentamento. Dependendo da negociação, nós vamos nos manter mobilizados.”
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“Nós ocupamos dois andares do ministério, o sétimo e o oitavo andar, e estamos fazendo um acampamento aqui na frente e vamos ficar na resistência até que a gente seja recebida pelo ministro”, afirmou Petra. Os integrantes da FNL estão acampados em frente ao MDA desde a segunda por volta das 6h.
Segundo Petra, em todo o Distrito Federal, há aproximadamente 2 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) mobilizados, que também defendem a reforma agrária assim como a FNL – alguns de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul.
Incra
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Nesta segunda-feira, 1º, o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que fica a aproximadamente 2 quilômetros do ministério, também foi ocupado. Na ação de hoje, de acordo com a PM, participaram cerca de 500 manifestantes.
Em nota, o Incra informou que, em relação à ocupação da sede em Brasília e de algumas superintendências regionais, a desocupação de seus prédios é condição para dar prosseguimento às negociações. “O Incra esclarece que está adotando as providências administrativas e judiciais necessárias visando a reintegração do prédio, bem como orientou às superintendências regionais ocupadas a adotarem o mesmo procedimento, visando à preservação do patrimônio público e o restabelecimento das condições de trabalho para que os servidores e os colaboradores possam exercer suas atividades, necessárias à promoção da reforma agrária.”
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