O suposto aparecimento de um homem nu nas proximidades do quartel do 7º RI, em 1949, gerou muitos boatos em Santa Cruz. A polícia investigou, pois até uma morte foi atribuída à misteriosa personagem. 

A primeira notícia saiu na Gazeta de 4 de março. Leitores relataram que o fato já vinha ocorrendo há vários dias. O homem, alto e branco, estaria se exibindo para as mulheres que atalhavam por um matinho existente próximo ao quartel e à Padaria Preferida. A Brigada e a Polícia Civil fizeram buscas, mas nada encontraram.

Apesar disso, a polêmica não parou. Para acalmar a população, um grupo de soldados realizou uma varredura na área do quartel, onde havia muito mato. Mas nada foi encontrado.

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Mesmo com os desmentidos, os comentários proliferavam e ganhavam novos detalhes. Espalhou-se que o homem teria matado uma criança e que partes do corpo haviam sido encontrados no matagal. Um açougueiro teria analisado os pedaços e confirmado que eram humanos.

Foto: Reprodução

E as “fake news” continuavam. “Valentões” relataram que entraram em luta com o exibicionista, quando constataram tratar-se de uma “sombra”. Era o espírito de um homem que, há muito tempo, havia se suicidado no local. 

Em vista da insistência das informações, a polícia civil e a BM realizaram uma operação noturna, digna de filme. Na ausência de mulheres nas forças, um policial vestiu-se com roupas femininas e os demais ficaram de “campana”, até depois da meia-noite. Mas o tarado não apareceu.

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Depois disso, a polícia encerrou o caso, tranquilizando a população: tudo não passou das famosas “lendas urbanas”. É provável que um gatuno estaria se escondendo no mato. Com a movimentação da polícia e a maior vigilância dos soldados do Exército, ele foi abrigar-se em outro local.

Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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