Mandante, organizadores e executores: veja a organização da quadrilha que incendiou loja de policial

A resposta chegou. Já estão atrás das grades pelo menos três envolvidos no incêndio criminoso que destruiu a loja de um policial militar na madrugada de sexta-feira, no centro de Venâncio Aires. O crime foi executado por uma dupla, em represália a uma ofensiva da Brigada Militar (BM) que, dois dias antes do sinistro, apreendeu quase cinco quilos de cocaína e prendeu dois traficantes. O PM dono da loja participou dessa ação.

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Em uma operação em conjunto deflagrada ontem pela Polícia Civil e BM, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão, todos em Venâncio. Um homem de 26 anos foi preso pela manhã, no Bairro Aviação. Ele também havia sido preso na ocorrência de quarta-feira passada pela BM, com a droga, mas foi solto em menos de 24 horas.

Conforme o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, que coordena as investigações, ao todo são sete envolvidos no caso do incêndio criminoso: um foi o mandante, que coordenou o ataque; outros quatro atuaram como organizadores, comprando a gasolina e armando o plano de ação; e dois foram os executores, que incendiaram a loja.

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O indivíduo preso ontem pela manhã fez parte da organização do crime, não tendo participado diretamente do incêndio na loja do PM. Já um jovem de 18 anos, com antecedentes por tráfico de drogas, posse de entorpecentes e furto, foi preso ainda na terça-feira à noite por uma guarnição da Brigada Militar.

Ele esteve na loja e ajudou a colocar fogo. Por pouco, não se queimou devido à explosão. Os policiais o detiveram às 22h45, no Centro. Estava com dez munições calibre 22 e uma porção de maconha que pesou 63 gramas. A guarnição o encontrou dentro de um Honda Fit que circulava pela Rua Júlio de Castilhos. Tentou fugir, mas foi pego.

O jovem foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). A prisão em flagrante se deu por porte ilegal de arma de fogo (munições) e por posse de entorpecentes. Contudo, já havia um mandado de prisão preventiva contra ele pelo incêndio. “As informações que tínhamos eram de que ele estava por vias de fugir para Santa Catarina. Por isso, trabalhamos para essa prisão ser acatada – o que aconteceu – e conseguimos mantê-la. Do contrário, só pelos crimes do flagrante ele provavelmente seria solto”, disse o delegado Vinícius.

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O outro executor do incêndio também tornou-se alvo de um mandado de prisão solicitado pela Polícia Civil e deferido pelo Poder Judiciário. Ele foi procurado durante toda a quarta-feira. Primeiro, equipes da polícia foram até o Bairro Gressler, onde ele poderia estar escondido. Depois seguiram até Linha Canto do Cedro, mas o homem conseguiu escapar antes da chegada das viaturas.

No decorrer da tarde, o delegado Vinícius chegou a divulgar o nome e uma foto do homem, para que a população denunciasse sua localização. Trata-se de Alan Eduardo Rodrigues, de 25 anos. Tem antecedentes por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Na imagem revelada pela Polícia Civil, é possível ver que ele segura uma pistola.

Por volta das 20h30 de ontem, Alan foi capturado por uma guarnição da 3ª companhia do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM) em Linha Arroio Grande, interior do município. Durante a abordagem, o procurado percebeu a aproximação das viaturas e tentou fugir, mas foi alcançado pelos PMs, que realizaram um cerco nas imediações da propriedades, em uma área de mata.

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Os três presos envolvidos no caso já foram encaminhados para à Peva. Os nomes de dois deles, de 18 e 26 anos, não foram revelados.

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