A polícia segue reunindo pistas para decifrar a autoria do ousado ataque à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), ocorrido na madrugada de domingo, 23. Na ocasião, criminosos fortemente armados invadiram o local para tentar resgatar um apenado.
A ação foi frustrada pelos agentes penitenciários e policiais militares, que trocaram tiros com os bandidos e evitaram que um detento fosse retirado do presídio. Esse mesmo homem, que não teve o nome revelado, foi transferido pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) ainda na manhã de domingo para outra unidade prisional.
Na segunda, 24, a delegada penitenciária Samantha Longo confirmou que mais um detento, que possui relação com os fatos e não teve o nome revelado, também foi transferido. “Pode ser que ocorram ainda novas transferências ao longo dos próximos dias”, afirmou a titular da 8ª Delegacia Penitenciária Regional.
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Também nessa segunda-feira, mais um veículo utilizado pelos criminosos na ação foi localizado. Policiais do 2º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BM) encontraram uma Ford Ecosport às 13 horas. Ela estava abandonada em Picada Mariante, no interior de Venâncio Aires, no quilômetro 59 da RSC-287, sem as rodas e com marcas de tiros.
No interior do carro havia manchas de sangue, uma touca ninja, um coquetel molotov – espécie de bomba incendiária artesanal – e estojos de munição calibre 7.62, utilizada em fuzis.
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A Ford Ecosport, com placas de Porto Alegre, foi removida ao guincho e vistoriada ainda na tarde dessa segunda pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), por determinação do delegado Vinícius Lourenço de Assunção, da Polícia Civil de Venâncio Aires. O caso está agora sob investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Cruz do Sul.
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Perícia
Dos quatro veículos utilizados pelos criminosos para invadir a penitenciária, a Ford Ecosport é o terceiro que já está em posse da polícia. Outros dois, uma Chevrolet Captiva blindada, com placas de Recife (PE), e um Jeep Renegade, com placas de Porto Alegre, ambos da cor prata, ficaram atolados na área externa da Peva e foram abandonados pelos bandidos, após a troca de tiros.
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Esses dois veículos, a exemplo da Ford Ecosport, também foram vistoriados pelo IGP. No interior deles havia garrafas de gasolina, dinamite, um escudo de proteção, um esmerilhador para corte de grades e um coquetel molotov.
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