A Polícia Federal indiciou mais quatro pessoas no âmbito da Operação Camilo, que apurou o desvio de R$ 15 milhões dos cofres públicos em contratos na área da saúde em Rio Pardo. Trata-se do quarto relatório da investigação encaminhado à Justiça Federal.

Desta vez, os alvos são quatro empresários de Santa Catarina, que ainda não haviam sido indiciados nos relatórios anteriores, ligados a empresas quarteirizadas pela Associação Brasileira do Bem-Estar Social (Abrassi), que administrava o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. Em fevereiro do ano passado, cerca de três meses antes da deflagração da primeira fase da operação, reportagem da Gazeta do Sul revelou ligações suspeitas entre as empresas Lavtrim Serviços de Apoio a Edifícios Eireli (que prestava serviços de limpeza e lavanderia na casa de saúde), Solusan Soluções em Serviços Ambientes para Edifícios Ltda. (que prestava serviços de sanitização), Celeste Alimentação Eireli (fornecedora de alimentação) e Terraprime Construções (que seria contratada para construção de uma UTI).

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A investigação apontou um esquema de sobrepreço nos contratos assinados com essas empresas, que teriam gerado prejuízo ao erário de R$ 5,6 milhões entre outubro de 2018 e maio de 2020. As acusações envolvem crimes como ocultação de bens, lavagem de dinheiro, estelionato, corrupção ativa e organização criminosa.

Ao todo, a operação já gerou 19 indiciamentos. Um dos indiciados nos relatórios anteriores é o ex-prefeito de Rio Pardo Rafael Reis Barros. Ele chegou a ser preso quando a operação foi deflagrada e renunciou ao cargo.

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