Mais dois municípios do Vale do Rio Pardo devem aderir ao uso do vale-feira para funcionários públicos. O secretário de Administração de Rio Pardo, Luís Elcides, adiantou em entrevista aos jornalistas Aline Silva e Leandro Porto, no programa Rede Social da Rádio Gazeta 107,9 FM, o encaminhamento do projeto de lei 1.035, que cria o benefício para melhorar o orçamento dos servidores.

“Vamos incrementar, assim, a renda dos servidores. A atual administração já ampliou o vale-alimentação de R$ 200,00 para R$ 612,00. Com o mecanismo direcionado à aquisição de produtos da agroindústria familiar, terão mais R$ 52,63 mensais”, explica. “O vale somente poderá ser usado nas feiras dos produtores locais.”

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Com esse mecanismo, a partir da aprovação por parte da Câmara de Vereadores – que, seguindo o trâmite tradicional, fez a leitura do texto na sessão de segunda-feira –, serão injetados anualmente R$ 600 mil entre os produtores. “A feira rural, nos melhores meses, fatura em torno de R$ 15 mil. Só com o vale-feira serão colocados R$ 50 mil por mês”, afirma Elcides.

Outra prefeitura que aguarda a aprovação de projeto que institui vale-feira para o funcionalismo público é Sinimbu. A prefeita Sandra Backes acredita que o Legislativo deva aprovar o projeto na próxima semana. A partir disso, cada um dos 270 servidores receberá mais R$ 50,00 para utilização nas agroindústria. “A instituição do vale, além de valorizar o produtor local, contribuirá para o fortalecimento e a organização do pequeno produtor rural”, reforça.

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Iniciativa agradou feirantes em Santa Cruz

Santa Cruz do Sul foi o pioneiro da região a implantar o benefício do vale-feira ao funcionalismo. Com início do pagamento no primeiro semestre, já fez com que os agricultores intensificassem a produção para dar conta da demanda. Mensalmente, cada um dos servidores recebe R$ 100,00, representando um ingresso de R$ 370 mil mensais no orçamento dos expositores das feiras rurais. Isso corresponde a mais de R$ 4 milhões ao ano.

Segundo o presidente da Associação Santa-Cruzense de Feirantes (Assafe), Carlos Waechter, o incremento geral nas vendas, considerando as dez feiras rurais onde o vale é aceito, varia entre 45% e 60%. “Para nós agrega muito, tanto em valores quanto em clientela e visibilidade. Isso sem falar que são alimentos produzidos em Santa Cruz, por agricultores familiares.”

A alta expressiva no número de clientes e a necessidade de ampliação da disponibilidade de produtos se explica pelo fato de o cartão ser aceito só nesses estabelecimentos. Desse modo, não é possível gastar em outros locais.

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