Entrar na sala de aula e encontrar um grupo de jovens, aptos e com vontade de formar conhecimento é um grande desafio para os professores. Antes disso, porém, esses alunos chegaram às escolas de Educação Infantil, onde tiveram a oportunidade de ter os primeiros aprendizados, uma responsabilidade gigante para quem vai ensinar e cuidar dessas crianças. É o caso da professora e, atualmente, diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Vila Nova, Marlouve Aparecida Bes Kowalczuk.

Ela é uma apaixonada pela profissão e pela faixa etária de seus estudantes. Há 12 anos atua no magistério e já viu mais de mil crianças passarem por suas salas de aula. “Já tive o prazer de participar da vida de mais de mil crianças”, salienta.

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E essa satisfação não se resume somente ao período em que há contato direto com os alunos, o período letivo. Cada um passa a fazer parte da história de Marlouve, que comemora os seus feitos conforme passam os anos. “Acho que é uma das maiores realizações dos professores encontrar alunos que deram seguimento nos estudos. E ser reconhecida por eles nos emociona muito”, afirma.

Essa realização pessoal, tendo como base o desempenho daqueles que aprenderam importantes lições de vida na sala de aula, vem de família para a professora. Conta que aprendeu muitas lições com o magistério e as salas de aula, porque tem vários professores na família. “Então, você aprende e se constitui professor com esses exemplos, mas carrego comigo um frase, que marcou muito. Eu a levo para meu dia a dia e tento passar adiante: ‘Seremos lembrados pelas boas marcas que deixamos no nosso caminho’”.

O futuro que agonia

Marlouve é tão encantada com a profissão, que a palavra que resume o seu pensamento sobre um dia ter de se aposentar e deixar as escolas é “agonia”. “É uma agonia pensar nisso, porque é um mundo mágico, que vai ser deixado para trás, mas tudo é um ciclo e eles se encerram. O importante são as marcas que deixaremos na sociedade como nosso importante papel de professor. Aproveito para deixar meu forte abraço a todos os professores. São admiráveis”, diz.

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Antes disso acontecer, porém, muitas histórias ainda serão contadas e muitos alunos terão a marca da professora Marlouve em sua vida escolar. Também surgirão novos mecanismos e equipamentos tecnológicos, que mudam o jeito de ensinar. “As novas tecnologias estão aí. Aos professores cabe prosseguir com os estudos e evoluir junto com as mudanças que nos apresentam”, afirma.

A diretora conta que, atualmente, já se trabalha com equipamentos tecnológicos nas Emeis. As instituições têm tela interativa, play table, além de capacitações proporcionadas pela Secretaria Municipal de Educação. “Vamos dando conta, afinal, somos eternos aprendizes”, resume, demonstrando a sua realização como profissional. “Me encanto com as crianças e os profissionais da escola todos os dias.”

A data

O Brasil passou a comemorar o Dia dos Professores em 1963. A homenagem foi por meio de decreto federal assinado pelo presidente João Goulart. A intenção é demonstrar a importância do profissional e serve como dia de luta para a classe, como forma de alerta para a questão salarial e eventual falta de reconhecimento. A escolha da data, no entanto, é bem anterior a isso. Dom Pedro I, em 15 de novembro de 1827, emitiu uma lei sobre o Ensino elementar, que teve relevância para o avanço da educação no Brasil. Nasceu, assim, a educação básica no País com a Escola de Primeiras Letras.

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