Um dos setores mais afetados pela pandemia, o cinema também enfrenta problemas em Santa Cruz do Sul. Para a sócia-proprietária do Cine Santa Cruz e Cine Max, Cristchie Bechert, o período de distanciamento social tem sido de muitas dificuldades. Os dois cinemas fizeram as últimas exibições no ano passado em 18 de março.

Nos 13 meses que se passaram desde então, de um total de cerca de 390 dias, as salas ficaram abertas por apenas 50 dias. Com prejuízos incalculáveis, a saída foi renegociar os pagamentos. “Estamos contando só com a compreensão dos fornecedores. É a única coisa que a gente conseguiu fazer, pois é a nossa única fonte de renda. Graças a Deus, as pessoas estão compreensivas.”

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As empresas aproveitaram a medida provisória no ano passado para manter os funcionários e ninguém foi demitido. A sócia-proprietária estava utilizando uma reserva para emergências, mas esse dinheiro acabou. “Uma questão que nos deixou muito chateados foi que até agora a gente não recebeu nenhuma ajuda do governo estadual. Nós sequer somos lembrados por eles. Foi criado um auxílio emergencial gaúcho para as empresas mais afetadas na pandemia, e o governador não incluiu os cinemas”, desabafa.

Uma carta assinada pelos proprietários de salas das cidades do interior e pela Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas no Estado do Rio Grande do Sul foi entregue ao secretário estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mauro Luciano Hauschild. No documento, os cinemas pedem a reabertura das salas ou a participação no auxílio estadual.

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