Mais de cem câmeras monitoram Santa Cruz e auxiliam órgãos de segurança

Santa Cruz do Sul caminha para um amplo cercamento eletrônico, com a implantação de um sistema abrangente de câmeras de vigilância que já auxilia as forças de segurança a prevenir delitos, identificar e prender criminosos. Trata-se do Programa de Vigilância Colaborativa, que possibilita o emprego, pelas polícias, de imagens geradas por sistemas de monitoramento particulares, instalados nas partes externas de empresas e domicílios.

Em reunião no Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP) na manhã dessa sexta-feira, 10, o comandante regional da Brigada Militar, coronel Valmir José dos Reis, recebeu o promotor Érico Barin, representante do Ministério Público, além de presidentes de entidades empresariais, para apresentar um balanço e elaborar formas de ampliação do programa. Atualmente, o sistema de captação de imagens envolve 108 câmeras nos bairros e no interior.

O objetivo é coibir o crime por meio da tecnologia. Através das imagens captadas em diferentes ruas, as forças de segurança podem ter acesso a informações cruciais para a captura de criminosos em fuga, ou ainda para solucionar delitos mediante o trabalho de investigação. Segundo o comandante regional, o alcance ampliado das imagens permite traçar as rotas de fuga de bandidos após um crime.

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“As câmeras auxiliam na resposta imediata através do telefone 190. O pessoal designado olha as imagens das câmeras das redondezas onde se deu a ocorrência. Mas, se não pegar em tempo real, pega no dia seguinte”, ressaltou o coronel Reis.

Reis e Barin, ao lado de líderes empresariais, apresentaram balanço do novo sistema | Foto: Guilherme Athayde

A transmissão de imagens para o armazenamento é feita pela internet. O sistema permite que a polícia tenha acesso ao vivo, ou a até sete dias de gravação, podendo acessar os dados através do armazenamento eletrônico conhecido como “nuvem”.

O número de câmeras nas ruas pode ser ampliado, caso haja interesse da comunidade. Para se integrar ao sistema, basta o aparelho estar conectado à internet para que as imagens possam ser acessadas pelos órgãos de segurança.

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O gerenciamento dos dados é feito pela empresa Cindapa, em parceria com a Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp). De acordo com o presidente da Cindapa, Carlos Köhler, com o apoio das empresas e do Ministério Público, os lojistas, empresários e moradores da cidade podem contribuir com o sistema de segurança, por meio de um investimento baixo.

“É um programa que permite que cada um possa participar, através da disponibilização da câmera que já existe em sua casa ou na empresa. E aqueles que ainda não têm podem adquirir uma câmera, ou os moradores de uma quadra podem se juntar para custeá-la. O custo para a disponibilização das imagens para o programa Vigilância Colaborativa é de R$ 59,90”, explicou Carlos Köhler.

Para aderir

Carlos Köhler explica que reuniões com os presidentes de entidades empresariais, como Sindilojas, ACI, CDL e Sinditabaco, estão sendo realizadas para incentivar que associados destes grupos se juntem ao programa. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3715 6844.

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BM quer implantar sistema em toda a região

O Vale do Rio Pardo já conta com um programa de cercamento eletrônico, que dispõe de câmeras dispostas em locais estratégicos de diversos municípios, priorizando os acessos das cidades. Mas, segundo o comandante regional, a intenção é levar também o programa de Vigilância Colaborativa para todos os 32 municípios de abrangência do CRPO/VRP, para auxiliar no policiamento dentro das cidades, tomando a iniciativa em Santa Cruz do Sul como projeto-piloto.

“O crime sai de Santa Cruz, chega em Vera Cruz e Candelária, o crime anda sobre rodas. Por isso precisamos monitorar toda a região a partir desse programa, juridicamente enquadrado. Nisso entrou o promotor Barin, que foi um grande incentivador desse programa”, afirmou Reis.

Através de recursos públicos, o MP auxiliou a iniciativa com o custeio de 40 câmeras pelo período de um ano. O programa Vigilância Colaborativa já foi apresentado para entidades dos municípios de Arroio do Tigre e Sobradinho, no Centro-Serra.

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“General que ganha a guerra se prepara em tempos de paz. Há 15 anos, chegamos a ter 15 assaltos à mão armada no centro de Santa Cruz em períodos entre quinta-feira e domingo. Hoje, temos um a cada 20 ou 30 dias. É porque evoluímos e agora, com o sistema de Vigilância Colaborativa, vamos dar um uso efetivo da tecnologia para a segurança pública da nossa comunidade”, finalizou o coronel.

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