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Mais da metade dos empreendimentos do Pavilhão da Agricultura Familiar é liderado por mulheres

Com recorde de expositores, o Pavilhão da Agricultura Familiar alcançou a marca de 413 produtores na 47ª Expointer. O diferencial desta edição está na forte presença de mulheres à frente dos negócios, que representam 217 empreendimentos – mais da metade das agroindústrias que estão participando. Produtores jovens e novos expositores também se destacam no espaço, que é um dos mais visitados pelo público.

No ano passado, dos 372 participantes, 148 eram mulheres. Em 2024, houve um aumento de 69 expositoras. A vitivinicultora Miriam Krindges é uma das estreantes e traz à feira sua linha de vinhos, espumantes e sucos de uva produzidos no Sítio Rosa do Vale, localizado em Poço das Antas. Miriam é pioneira no país na produção de vinhos aliada a um resgate histórico, relacionando a fabricação da bebida com a população negra.

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Natural do interior de São Paulo, ela mora no Rio Grande do Sul desde 2012. Depois do nascimento da filha, em 2019, resolveu deixar de lado a profissão de advogada e passou a se dedicar à propriedade da família, investindo no turismo e recebendo visitantes em seu estabelecimento. Em 2022, ela e o marido começaram o processo de regularização da vinícola para dar início às vendas. Atualmente, o casal trabalha também para iniciar a produção de geleias de figo em escala maior.

“Nós viemos aqui com a ideia de divulgar a marca, o nosso sítio e o turismo que oferecemos. A Expointer é uma vitrine, uma das feiras mais importantes do Estado, com grande participação da população. Queremos alcançar um público maior e vender os nossos produtos”, ressalta a produtora.

Na propriedade, o trabalho, em regime de agricultura familiar, é feito com seu marido, Irani Krindges. Juntos, eles promovem também o afroturismo, que visa reconectar identidade e história, reivindicando as contribuições de pessoas negras na fabricação de vinhos por meio do turismo. Além de todo o embasamento histórico durante o passeio, no final, há samba ao vivo enquanto os turistas fazem a pisa na uva. Os visitantes podem encontrar os produtos da família Krindges no estande 257.

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O jovem casal, Camila Garbin, de 19 anos, e Junior Luppi, de 18 anos, apresentam ao público uma variedade de doces e salgados – Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

Nesta edição, há a participação de 126 jovens na liderança de empresas – um aumento de 39 expositores em relação ao ano passado –, como é o caso do casal Camila Garbin, de 19 anos, e Junior Luppi, de 18. À frente da agroindústria Armazém do Doce, na banca 61, eles vêm de Paim Filho para oferecer ao público uma variedade de doces e salgados. “A nossa expectativa é alta. Para nós, a feira é um lugar de oportunidade. Então, com certeza, pretendemos vender bastante”, destaca Camila. No local, estão à venda alimentos como bolachas de milho, biscoitos de chocolate, grostoli, rosca alemã, salgados assados e bolos de pote.

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O espaço da agricultura familiar na Expointer é reconhecido pela grande variedade de embutidos, defumados, queijos e laticínios diversos, pães, cucas, doces, geleias, mel, pescados, derivados da cana-de-açúcar, farinhas, vinhos, espumantes, cachaças, sucos, temperos, frutas desidratadas, ovos, licores, erva-mate, grãos e cervejas artesanais. Além disso, no artesanato, há produtos elaborados com matérias-primas encontradas nas propriedades rurais, como lã, fibras vegetais, couro, madeira, porongos e artigos de cutelaria ligados à tradição gaúcha.

A diversidade de produtores no Pavilhão da Agricultura Familiar tornam o espaço ainda mais atrativo para os visitantes, que poderão acessar o local, das 8 horas às 20 horas, até o próximo domingo, 1º de setembro.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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