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Mais 22 refugiados morrem no mar a caminho da Europa

Uma embarcação de busca e salvamento da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) encontrou 22 refugiados mortos em um bote de borracha à deriva no Mediterrâneo, perto da Líbia, nesta quarta-feira, 20. Os corpos eram de 21 mulheres e um homem e estavam em uma poça de combustível e água, segundo a MSF.

A causa das mortes ainda não foi esclarecida. Além dos mortos, outras 209 pessoas (177 homens e 32 mulheres), incluindo 50 crianças, foram resgatadas vivas de dois botes que navegavam perto um do outro. A guarda costeira italiana recebeu um aviso por volta das 10 horas e notificou em seguida o MV Aquarius, navio dos MSF que faz o patrulhamento no Mediterrâneo. A maior parte dos sobreviventes é de países da África Ocidental, como a Nigéria e a Guiné. Eles esperavam chegar ao porto de Trapani, na costa siciliana.

“Quando nossa equipe se aproximou do primeiro bote, viu cadáveres que se encontravame na parte inferior do barco em uma poça de combustível”, disse Jens Pagotto, chefe de missão da MSF para as operações de busca e salvamento.

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“Os sobreviventes tinham estado [ficado] no barco com esses corpos por horas a fio. Muitos estão traumatizados demais para conseguir falar sobre o que aconteceu. Ainda não está claro exatamente como eles morreram. O que está claro é que estas mortes eram desnecessárias e são o resultado de uma resposta global insuficiente e inadequada para esta crise. As políticas para manter as pessoas afastadas não estão funcionando. Quantas vidas mais terão de ser perdidas no mar antes que as pessoas que necessitam de assistência e proteção recebam uma alternativa mais segura?”, questinou Pagotto.

Nesta quarta mais de duas mil pessoas foram resgatadas no Mediterrâneo em diferentes operações das Marinhas de Espanha e Itália, em conjunto com os MSF e outras organizações não governamentais. Todos os sobreviventes foram transportados para a Sicília, na Itália. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirma que quase três mil migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo durante os primeiros sete meses deste ano e já são mais de 250 mil os que chegaram à Europa.

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