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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Maioria optou por aulas presenciais nos ensinos privado e municipal de Santa Cruz

O retorno às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas já vai entrar na terceira semana desde que o governo do Rio Grande do Sul publicou decreto colocando o Estado em bandeira vermelha. Levantamento realizado mostra que, nas instituições particulares e municipais de Santa Cruz do Sul, o número dos responsáveis que optaram pela volta é maior do que os que resolveram manter as atividades de forma remota. Porém, nas escolas estaduais de Santa Cruz, o índice de adesão ao retorno presencial é menor.

Dados disponibilizados pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) mostram que, do total de 8.797 estudantes da rede estadual, 4.629 não voltaram, ou seja, 53%. O coordenador regional, Luiz Ricardo Pinho de Moura, explica que cada escola adaptou o escalonamento das turmas de acordo com a sua realidade.

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“A escola tem autonomia para gerenciar com sua comunidade. Pode ser em dias ou semanas alternadas. E a plataforma continua. O aluno que não está no presencial tem que estar lá na plataforma virtual”, diz.

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A diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, Janaína Venzon, comenta que a situação ainda gera incertezas para os educadores. “Os dados mudam diariamente, pois, como o decreto do governador torna facultativo, as famílias optam por não mandar o seu filho e dias depois resolvem mandá-lo para a escola, e vice-versa. Estamos sempre no entra e sai. Essa medida do governador torna-se muito prejudicial para as equipes pedagógicas e professores, que estão sempre nesse impasse”, lamenta.

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Já na rede de Ensino Municipal de Santa Cruz do Sul, a frequência presencial se mantém entre 80% e 90%, segundo informações disponibilizadas pela Prefeitura.

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Decisões diferentes

Nicole Segatto, 8 anos, estava ansiosa para voltar à Escola Estadual de Ensino Fundamental Petituba. Estudante do 3° ano, a menina diz estar feliz. “Aqui posso conviver com mais gente, e lá em casa era só eu e minha mãe. Quero que acabe logo a pandemia, é meu maior desejo”, comenta.

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A mãe dela, Nilza Segatto, 48, salienta que a escola segue todos os protocolos de distanciamento, com escalonamento de turmas. “Ficamos apreensivos por causa da insegurança em relação ao vírus. Se percebermos que está piorando, vamos voltar para o remoto de novo. Mas torcemos para que a situação siga assim.”

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Nicole diz estar feliz com volta na Petituba

Mãe de Felipe Pereira Faleiro de Lara, 14, e de Laura Pereira Faleiro de Lara, 9, a professora Zoraia Pereira dos Santos, 47, diz que optou pela permanência nas atividades remotas. Ela salienta que prefere não arriscar. “Perdi amigos e familiares com Covid. Por conhecer a realidade da educação infantil, optei por não ficar na escola. Não é uma realidade fácil, pois uma criança com uma gripe normal já passa para as outras, imagina um vírus como esse.”

Felipe, que está no 8° ano do Ensino Fundamental da Escola Ernesto Alves, lamenta que o aprendizado de forma remota não seja o mesmo. “A gente tem que ficar em casa para se cuidar, mas não gostei muito de ficar em casa, porque a gente não aprende muito.”

Professora Zoraia dos Santos, mãe de Felipe, fez a opção de manter os filhos em casa
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