Após dois anos de retração por conta da pandemia, 2022 deve ser um ano marcado por novos investimentos no setor privado em Santa Cruz. Uma pesquisa realizada pela Gazeta do Sul junto a algumas das maiores empregadoras do município apontou que a maioria tem planos de investir neste ano.
A Gazeta distribuiu um questionário a 12 das principais empresas, com base no ranking do ICMS, fornecido pela Secretaria Municipal da Fazenda. Dessas, 10 responderam. O levantamento contempla setores como tabaco, logística, tecnologia e metalmecânico, entre outros. As empresas, que juntas respondem por mais de um terço do retorno de ICMS do município, foram questionadas sobre as perspectivas em relação à economia do País e às projeções de investimentos e contratações.
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Oito delas responderam que têm planos de investimentos para este ano e somente duas afirmaram que não pretendem investir, o que significa que haverá injeção de recursos na economia local. Além disso, nenhuma das participantes sinalizou tendência de redução no quadro de colaboradores. Por outro lado, apenas três falaram em aumentar os quadros, o que indica que nem todos os investimentos vão representar geração de empregos e podem ser mais focados em tecnologia e mecanização.
Após um tombo na empregabilidade em 2020, quando 739 postos de trabalho formal foram fechados, no ano passado Santa Cruz gerou 1.373 vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso significa que o saldo, desde o início da pandemia, é de 634 empregos gerados.
Com arrefecimento da pandemia, eleição torna-se o foco
As perspectivas de investimentos refletem um certo otimismo do empresariado local. Das 10 empresas, seis apostaram que a economia brasileira vai se manter estável em 2022 e três projetaram melhora, enquanto apenas uma previu piora. Quando questionadas sobre as perspectivas em relação aos próprios setores, o cenário é semelhante: sete falaram em estabilidade e três afirmaram crer em melhora.
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A pesquisa também apontou que, diante dos indícios cada vez mais firmes de que a pandemia está chegando ao fim, o assunto saiu do centro das preocupações dos empresários. Nenhum deles afirmou que a Covid-19 será o fator mais determinante para o comportamento da economia este ano.
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Por outro lado, quatro empresas afirmaram que a eleição presidencial de outubro, que tende a ser polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), será o elemento que definirá os rumos da economia nacional.
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Outras três empresas citaram o cenário internacional e duas citaram a inflação – que em 2021 acumulou 10,06% de aumento, segundo o IPCA. Apenas uma entrevistada citou a questão cambial como principal fator.
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