A maior parte das rodovias que atravessam o Vale do Rio Pardo não se encontram em boas condições, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Os maiores gargalos envolvem a RSC-471 e a RSC-481, dois importantes corredores de exportação. Já a RSC-287, principal estrada da região, foi classificada como em bom estado, passado pouco mais de um ano desde o início da nova concessão.
O estudo é realizado anualmente pela CNT. Os resultados detalhados mostram que, dos fatores avaliados, a qualidade do pavimento e a geometria – que envolve aspectos como tipo da rodovia (simples ou dupla), presença de acostamento, faixa adicional, pontes e viadutos e proteção de cabeceira – são os principais problemas. Já a sinalização, que também foi analisada, apresenta uma situação ligeiramente melhor.
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Em relação à 287, a pesquisa apontou situações distintas ao longo dos 213 quilômetros entre Santa Maria e Montenegro. A maior parte dessa extensão está sob administração, desde agosto do ano passado, da Rota de Santa Maria. Nesse período inicial, a empresa fez intervenções para melhorar a trafegabilidade na rodovia, como tapa-buracos, recapeamento e reforço na sinalização. Os maiores problemas, de acordo com o estudo, estão entre Novo Cabrais e Vale do Sol e no trecho de Montenegro.
O estudo mostra que as rodovias concedidas são as que se encontram em melhor situação: além da 287, a RSC-453, entre Garibaldi e Venâncio Aires, que é administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Já as que foram classificadas como ruins ou regulares estão sob responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) – caso da RSC-153, RSC-471 e RSC-481 – ou do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – que é o caso da BR-471 e da BR-290.
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A situação da RSC-471 e da RSC-478, que apresentam problemas de conservação há anos, é preocupante pois ambas são muito utilizadas para o escoamento de cargas em direção ao Porto de Rio Grande. No caso da 481, que passa por Sobradinho, Arroio do Tigre, Estrela Velha e Salto do Jacuí – e que não tem asfalto em parte da extensão –, a geometria foi classificada como “péssima” na pesquisa, enquanto pavimento e estado geral receberam a classificação “ruim” e apenas a sinalização recebeu “regular”.
Já a 471, que liga Pantano Grande a Canguçu, teve classificação “ruim” em todos os fatores analisados.
No Rio Grande do Sul, a CNT analisou a situação de 8,7 mil quilômetros de rodovias. Em relação à edição anterior da pesquisa, publicada em 2021, o percentual da malha classificado como regular, ruim ou péssimo teve uma ligeira queda, de 68,8% para 66%. Os números indicam que a melhora foi puxada pela sinalização, enquanto os problemas com pavimentação, por exemplo, pioraram. A geometria, no entanto, é o aspecto mais grave: 66,8% das rodovias do Estado apresentam deficiências nesse ponto, o que envolve, por exemplo, estradas com pista simples e ausência de acostamento.
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A estrada gaúcha com melhor avaliação foi a freeway – trecho da BR-290 entre Porto Alegre e Osório –, que teve classificação “ótima” e ficou em sétimo no ranking nacional. A extensão é administrada pela CCR ViaSul.
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Em todo o Brasil, a situação das rodovias piorou do ano passado para cá: o percentual de rodovias com problemas passou de 61,8% para 66%. A estrada com a melhor avaliação nacional foi a SP-334, em São Paulo, que também está sob gestão privada. Das dez rodovias com melhor avaliação no estudo, apenas uma não é concedida: a BR-101, entre Mataraca e Caaporã, na Paraíba.
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