Mais do que dificultar a lavagem das roupas, o clima úmido e frio que tem tomado conta dos últimos dias em Santa Cruz do Sul faz com que o número de pessoas doentes se multiplique. Crianças, adultos e idosos com dores de garganta e problemas respiratórios estão lotando os plantões médicos. Assim, o aumento na demanda gera maior demora no atendimento, o que tem motivado reclamações recorrentes de leitores.
Tanto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Esmeralda quanto no Pronto Atendimento (PA) do Hospital Santa Cruz, o número de pacientes no mês de maio foi o maior desde agosto do ano passado. No HSC, 4.985 pessoas foram atendidas. Já na UPA, 5.458 doentes consultaram. No Centro Materno Infantil (Cemai) e no Hospitalzinho, os números também aumentaram em relação a abril. Em maio, 5.211 crianças receberam atendimento no Cemai. No Hospitalzinho, 4.129 pessoas foram atendidas.
As principais queixas são febre, tosse e dores no corpo – sintomas de resfriados, em que o atendimento precisa ser realizado nos postos de saúde dos bairros. Mas enquanto nos plantões os números aumentam, nos postos, a quantidade de atendimentos diminui. Em abril foram 24.143 consultas e em maio 20.167 nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs). Para a secretária municipal de Saúde, Renice Coimbra, esse contexto reflete uma questão cultural, que precisa ser repensada.
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Renice explica que o santa-cruzense, quando se sente doente, pensa imediatamente em procurar o serviço de um plantão, principalmente no hospital. De acordo com ela, é necessário mudar a visão de que as Unidades Básicas de Saúde são responsáveis somente pelo atendimento de doenças crônicas ou por exames preventivos.
Vacina da gripe
Desde o último dia 30, toda a população pode receber a imunização contra a gripe A. Conforme a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Raquel Emmel Lopes, houve muita procura pela vacina – nos grupos prioritários e na população em geral –, tanto que em alguns postos de saúde já não há mais doses.
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Neste ano, o interesse aumentou, segundo Raquel, porque a vacina foi liberada mais cedo para pessoas fora dos grupos de risco. Outro fator que pode ter colaborado, segundo a coordenadora, é a ocorrência de casos de gripe A no Vale do Rio Pardo. A vacinação vai continuar sendo feita enquanto durar o estoque das doses e não somente até sexta-feira, data fixada para encerramento da campanha.
Demora no atendimento
O tempo chuvoso e com mudanças constantes de temperatura contribui para que ocorram doenças respiratórias, principalmente em crianças e idosos. Isso faz com que aumente o fluxo de pacientes nos Pronto Atendimentos e, consequentemente, o tempo de espera por uma consulta. No PA do Hospital Santa Cruz, na UPA do Bairro Esmeralda, no Cemai e no Hospitalzinho, o movimento se intensifica a partir das 17 horas.
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De acordo com informações da assessoria de comunicação do HSC, o tempo de espera para consulta médica depende da classificação de risco de cada paciente. Ele pode variar entre atendimento imediato – ficha vermelha – e em até quatro horas – ficha azul. Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que na UPA o tempo médio de espera é de 40 minutos. Por isso, a orientação é que, em casos de sintomas de resfriado ou problemas sem risco de vida, os usuários procurem os postos de saúde.
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