Sob o impacto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), as exportações de carnes brasileira caíram drasticamente, segundo dados apresentados nesta quarta-feira, 22, pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que realiza audiência conjunta com a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). As exportações caíram de US$ 63 milhões na média diária para apenas US$ 74 mil na terça. “A gente não sabe o tamanho da pancada que vai levar”, disse ele aos senadores.
Também presente à reunião, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, relatou que o Brasil exportou US$ 13,5 bilhões em carnes no ano passado. O Brasil é o maior exportador de carne de frango e bovina, e o quarto fornecedor mundial de carne suína.
Irregularidades
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O ministro da Agricultura admitiu ter ouvido rumores sobre irregularidades na superintendência da pasta no Paraná. “Quando cheguei no ministério, sim, havia comentários”, disse, respondendo a questionamento dos senadores Gleisi Hoffman (PT-PR) e Lasier Martins (PSD-RS). “Fui para o Paraná várias vezes, perguntei sobre o comportamento do superintendente”, declarou ele na audiência conjunta.
Quando há denúncias de irregularidades, disse ele, é aberta uma investigação interna, um processo administrativo. “Nem sempre são na velocidade que gostaríamos, porque o corpo de funcionários conduz de forma diferente de uma operação policial, que não tem preocupação se um amigo será prejudicado”, relatou.
Maggi explicou que existe, nas superintendências, uma “guerra fratricida” entre grupos. “Pressão política, claro que existe”, ressaltou. Ele acrescentou que Gleisi, já tendo exercido a chefia da Casa Civil, “sabe como são os procedimentos, como isso acaba acontecendo”.
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Maggi se recusou a responder ao questionamento da senadora sobre por que o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, continua no cargo mesmo após ter sido apontado como o “epicentro” da operação.
O ministro informou que o problema hoje está restrito ao Paraná e Goiás. “Mas as investigações vão continuar”, garantiu. “Não vai parar porque a gente achou que foi comunicada da forma errada. Agora, é esperar o que vem para frente.”
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