Com o começo do ano letivo, três crianças de Passo da Mangueira, interior de Passo do Sobrado, têm enfrentado dificuldades para chegar à Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Saúde, onde estudam. Diferentemente dos últimos quatro anos, o transporte escolar agora não chega mais até a residência da família, que mora num corredor, a cerca de 7 quilômetros da escola.
Tatiane Queiroz, mãe e tia das meninas de 12, 10 e 9 anos, desde então tem se ausentado diariamente do trabalho para buscar as crianças na escola. Ela conta que foi informada do cancelamento do serviço pela diretora do colégio no primeiro dia de aula. “Não recebi nenhuma justificativa plausível. Não abriram diálogo para mim. Apenas falaram que não teria mudança na decisão. A diretora me disse que não sabia o porquê; o secretário de Educação, que estão reduzindo o transporte em corredores.”
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Na semana passada, um percurso novo foi iniciado em Potreiro Grande, segundo Tatiane. “Cortaram um corredor totalmente viável e que já era feito para iniciar um trecho que precisou receber melhorias e ampliação da linha para beneficiar uma criança.”
Outros corredores seguem com atendimento normal do transporte escolar. No educandário, segundo Tatiane, são 170 estudantes e apenas três estão sem transporte. “Em conversa com o proprietário da empresa, ele me informou que não há problemas com condições da estrada. Que se o Município autorizar, ele volta a fazer.”
Da casa até o ponto da estrada geral onde as crianças teriam acesso ao transporte, o trajeto é de cerca de 1,5 quilômetro. Mas a preocupação da família é que esse deslocamento diário delas, sozinhas, comprometa a segurança, além das dificuldades em dias de chuva e calor. E o ponto de espera do ônibus seria num lugar sem moradias próximas, em uma curva acentuada, oferecendo mais riscos aos estudantes.
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Tatiane já formalizou denúncia no Conselho Tutelar, no Conselho de Educação, no Conselho do Fundeb e na Promotoria da Educação do Ministério Público. Do Conselho do Fundeb, recebeu o retorno de um ofício alertando sobre a necessidade de garantir transporte a todas as crianças sem discriminação. A promotora Vanessa Saldanha de Vargas, de Santa Cruz do Sul, adiantou que já está ciente e irá analisar o caso.
Contatado pela Gazeta do Sul, o secretário municipal de Educação, Flúvio Kroth, informou que está sendo estudada a viabilidade de o transporte voltar a ser feito no corredor onde vive a família.
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