A dona de casa Nara Grüner, de 55 anos, já é conhecida entre o círculo de familiares e amigos como mãe de passarinho. Experiente na tarefa de amparar filhotes perdidos, recentemente ela cuidou de mais um órfão. Durante aproximadamente 15 dias, a moradora do Bairro Arroio Grande, em Santa Cruz do Sul, alimentou e protegeu um filhote de pomba rola. “A espécie correta só deu para ver depois de alguns dias, pois no início o passarinho não tinha nem as penas”, conta. O morador da casa ganhou ninho especial e foi muito paparicado por todos até alçar voo.
Graças à fama de mãe de passarinhos que na noite do dia 11 de fevereiro uma amiga bateu à porta de Nara para pedir ajuda. “Ela achou o bichinho caído na calçada, perto de uma árvore que havia sido podada, e perguntou se eu poderia ficar com dele”, lembra. O instinto protetor falou mais alto novamente. “Este já foi o sexto passarinho que cuidei. Já tive uma ninhada de quatro andorinhas e um tesourinha.” Batizado de Guloso, desta vez o protegido exigiu muita dedicação da mamãe adotiva, principalmente porque comia diversas vezes por dia.
A cada refeição, o passarinho consumia aproximadamente duas seringas de três mililitros cada de uma mistura especial para passarinhos, além da vitamina para aves. “Ele estava sempre com fome, por isso cresceu ligeirinho. Em poucos dias já saiu do ninho”, comenta o aposentado Leonido Grüner, de 79 anos. Apaixonado pelos animais, o sogro de Nara fez questão de acompanhar tudo de perto. “Aqui no pátio de casa alimento passarinhos todos os dias. Quando nosso inquilino estava pronto, fizemos a adaptação deles com outros da espécie.”
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Dedicação integral
A vida de mãe de passarinho não é fácil. Quando o novo hóspede chegou na casa da Nara Grüner, os dias e noites da dona de casa foram de dedicação à pequena ave. “Cuidei dele com todo carinho, não teve dia e nem hora”, narra. Na última semana de fevereiro, a dona de casa teve uma viagem marcada para Santo Ângelo e não deixou o mascote para trás. “Fiz todo o possível para que ele sobrevivesse. Assim que estava pronto, voltou para a natureza. Não gosto de ver nenhum bichinho preso.”
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