Ainda há alto risco na maior parte do Estado para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus, segundo indica o mapa preliminar do Distanciamento Controlado divulgado nesta sexta-feira, 29. A leve melhora em indicadores monitorados pelo sistema de análise de dados se refletiu no aumento de regiões em bandeira laranja. De quatro regiões nessa classificação na rodada anterior, o Rio Grande do Sul passou para dez. As outras 11 ficaram em vermelho. E, mais uma vez, não há bandeiras amarelas (risco baixo) ou pretas (risco altíssimo).
A região 28, referenciada por Santa Cruz do Sul, segue na bandeira vermelha. O conjunto de municípios referenciado por Cachoeira do Sul, que nesta semana está na classificação laranja, de risco médio, voltou para a bandeira vermelha. Com isso, toda a macrorregião dos Vales, que inclui ainda a região de Lajeado, tem avaliação de risco alto para a próxima semana.
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Segundo nota técnica do governo estadual, os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias aumentaram 13%, passando de 71 para 80 na macrorregião dos Vales (somando as três regiões Covid). Com relação a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a quantidade de pacientes caiu entre as duas semanas, passando de 61 para 53 internados. No caso de leitos clínicos, o número de pacientes se manteve em 49, variação de 0%.
E com relação aos internados por Covid-19 em leitos de UTI, o quantitativo caiu 12%, passando de 57 para 50 pacientes. O indicador relacionado a capacidade de atendimento melhorou no comparativo entre as semanas, porém mantendo-se na bandeira preta.
Assim, o percentual de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, diminuiu. Enquanto na semana passada havia 0.63 leitos de UTI livres para cada leito de UTI ocupado por paciente Covid-19, nesta semana o indicador passou para 0.70. No comparativo do número de leitos livres de UTI no último dia para atender Covid-19 entre as duas quintas-feiras, verifica-se uma queda de 3% no número de leitos de UTI livres para atender Covid-19, passando de 36 para 35, com indicador definido em bandeira amarela.
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Dos seus quatro indicadores regionais, Santa Cruz do Sul alcançou classificação de risco máximo (bandeira preta) em dois deles. É o caso do número de hospitalizações por Covid-19 para cada 100 mil habitantes e do indicador de velocidade do avanço (variação das hospitalizações confirmadas COVID).
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Houve aumento nos registros de hospitalizações para Covid-19 nos últimos 7 dias, que passaram de 26 para 44 registros nesta semana, variação de 69%. Com o registro de 11 óbitos nos últimos sete dias, houve queda de 8% em relação aos registrados na semana anterior (12 óbitos).
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No caso do indicador de Ativos sobre recuperados, a região registrou 874 ativos e 2.918 recuperados. Com isso, a razão entre as duas variáveis ficou em 0.30, estabilidade em comparação a mensuração anterior, que estava em 0.30. Destaca-se que a quantidade de novas hospitalizações em proporção da população é bastante elevada, refletindo na bandeira preta para o indicador de incidência na região.
O retorno de Cachoeira do Sul para bandeira vermelha é resultado da regra de salvaguarda, aplicada quando o indicador que mede hospitalizações por 100 mil habitantes fica em preto ou vermelho e a razão entre leitos de UTI livres e ocupados por pacientes Covid-19, na macrorregião, for menor ou igual a 0,8. Nesta semana, com o aumento no registro de hospitalizações por pacientes confirmados para Covid-19, o indicador proporcional a 100 mil habitantes passou para bandeira vermelha. O mesmo se aplica a Lajeado.
No Rio Grande do Sul como um todo, os principais indicadores que apresentaram alteração foram o número de pacientes confirmados com Covid-19 internados em leitos clínicos (-2%) e em leitos de UTI (-6%). Houve também redução nos novos registros semanais de hospitalização (-9%), no total de óbitos por coronavírus (-8%) e no número de casos ativos (- 6%). Mesmo com esses dados, as cores do mapa preliminar continuam refletindo a gravidade da situação do Rio Grande do Sul.
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Existe uma preocupação do governo em especial com as próximas datas comemorativas – 2 de fevereiro, Dia de Nossa Senhora dos Navegantes e de Iemanjá, e 16 de fevereiro, Carnaval –, que costumam reunir um grande número de pessoas por motivos religiosos ou festivos.
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O Gabinete de Crise está avaliando as sugestões debatidas durante reuniões entre o governador Eduardo Leite e líderes religiosos na manhã desta sexta, 29, no Palácio Piratini. Para reforçar as medidas de prevenção, principalmente evitar aglomerações, não está descartada uma atualização do decreto do Distanciamento Controlado, com novos protocolos.
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Além disso, o governador vem chamando atenção para o fato de que a vacinação, além de atingir uma parcela ainda pequena da população gaúcha – 145 mil doses das 551,2 mil recebidas foram aplicadas até agora –, o efeito da imunização deverá levar tempo para ocorrer.
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“A trajetória de redução de casos e internações no Estado só vai ser alcançada com a colaboração de todos, ajudando no distanciamento social, uso de máscara, higienização constante e evitando aglomerações. A vacinação será fundamental, mas levará tempo até que atinja um percentual da população capaz de gerar imunização. Portanto, o vírus seguirá circulando, e os cuidados precisam permanecer, para garantirmos com o comportamento da população o melhor antídoto”, afirmou Leite em transmissão ao vivo para atualização do combate à pandemia no Rio Grande do Sul na quinta-feira, 28.
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