Atropelado por um carro no Acesso Grasel, em Santa Cruz do Sul, um macaco-prego deve voltar à mata dentro de, pelo menos, dez dias. O acidente aconteceu na manhã dessa quarta-feira. O condutor do veículo que atropelou o animal não parou, mas o motociclista que trafegava atrás do carro, Rafael Garcia de Melo, 28 anos, recolheu-o. Com a ajuda da mãe, Eleci Garcia de Melo, 60, encaminhou-o a uma clínica veterinária.
Conforme o veterinário Hermes de Souza, o macaco – um macho de idade avançada – sofreu uma forte batida na cabeça e ficou inconsciente. Ele acordou somente por volta das 21 horas. “A nossa expectativa é que o bichinho possa voltar para a natureza, no máximo, em dez dias. Ele está sendo medicado e bem alimentado, só está um pouquinho lento.”
Souza também explica que o macaco não consegue se locomover bem por causa da lesão no cérebro. Por isso é mantido dentro de uma cabine de transporte para animais. “É perigoso deixar ele solto, pois, por instinto, vai querer subir nos móveis e isso pode gerar alguma queda, prejudicando a recuperação.”
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Passadores ajudam
Santa Cruz conta hoje com cinco passadores de animais: três no Acesso Grasel e dois na Avenida Melvin Jones. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Vanir Ramos de Azevedo, desde a implementação das estruturas, os índices de atropelamento de animais caíram consideravelmente. Um estudo do Departamento de Biologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) também aponta que as populações em cada grupo de animais têm aumentado, o que representa um bom sinal.
“O que ainda acontece é que são dispostos alimentos ao longo de certos pontos do Acesso Grasel. Isso faz os macaquinhos descerem e nem sempre conseguem evitar os carros”, explica o biólogo Jair Putzke, professor da Unisc. Apesar de avaliar como uma iniciativa positiva, o veterinário Hermes de Souza acredita que, para evitar novos casos como esse, o ideal seria instalar ainda mais passadores. Entretanto, conforme o secretário Azevedo, não há expectativa para a implementação de novos equipamentos.
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