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Impeachment

Lula diz que ‘insanidade’ e ‘loucura’ de Cunha não podem prevalecer

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 3, que a “insanidade” e “loucura” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não podem prevalecer no debate sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Após reunião com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, o ex-presidente se disse “indignado” com o acolhimento do pedido de afastamento da presidente decidido por Cunha.

“Me sinto indignado com o que estão fazendo com o país. A presidente está fazendo um esforço incomensurável para fazer reformas. Mas o presidente da Câmara me parece que tomou a decisão de não se preocupar com o Brasil. As reformas estão demorando demais. O brasileiro está ansioso para que a economia volte a crescer”, disse Lula, em entrevista coletiva ao lado de Pezão.

Lula atacou o presidente da Câmara. Afirmou que Cunha tomou sua decisão para se vingar do governo, após o PT decidir votar a favor da abertura do processo no Conselho de Ética contra o peemedebista. “O impeachment não tem nenhuma sustentação legal. Parecia que o país estava andando para a normalidade. No dia em que a presidente aprova a meta fiscal, ela recebe como prêmio um gesto de insanidade como esse. Não podemos permitir que a insanidade de Cunha prevaleça. […] Não podemos subordinar o país inteiro a uma visão corporativa, pessoal e de vingança do presidente da Câmara”, afirmou o petista.

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O ex-presidente disse não crer que Dilma tenha negociado com o presidente da Câmara votos em favor dele no Conselho de Ética em troca de apoio à criação da CPMF. A versão foi divulgada nesta quinta pelo peemedebista.
“Eu conheço a Dilma, e é muito difícil imaginar que ela tenha feito barganha. Aparenta mais importante neste instante não permitir que essa loucura que o Eduardo Cunha fez ontem tenha prosseguimento. Acho que precisa decidir isso logo. […] O impeachment é uma coisa de gente irresponsável e um ato de vingança. Depois de aprovar as reformas, discute o que quiser”, disse.

O petista se reuniu com Pezão para articular formas para evitar o impeachment da presidente. Os governadores da base aliada devem se reunir com Dilma na semana que vem. Lula defendeu que o Congresso conclua o mais rápido possível o processo de afastamento. Isso exigiria o adiamento do recesso parlamentar, o que ainda não foi definido.

“O país precisa voltar a crescer, e as reformas precisam passar no Congresso. Se não vamos esperar passar o Natal, o Carnaval… Qual será o clima político? Qual empresário vai querer investir no país”, declarou. O ex-presidente também criticou a oposição. Afirmou que o PSDB “está há um ano fazendo oposição sistemática”.

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“Nesse momento, as pessoas estão tentando ver na proposta do Cunha uma chance de fazer a discussão de outubro do ano passado [em referência à eleição]. […] Quando o trem descarrilado, não adianta discutir quem deve ficar na primeira, segunda ou terceira classe. Tem que botar o vagão nos trilhos de volta.”

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