O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender a taxação de super-ricos no mundo e disse que o Brasil está “impulsionando” a proposta no âmbito do G20. Em sua avaliação, vive-se uma “arquitetura financeira disfuncional, que alimenta desigualdade”.
“Nunca antes o mundo teve tantos bilionários. Estamos falando de 3 mil pessoas que detêm quase US$ 15 trilhões em patrimônio. Isso representa a soma dos PIBs de Japão, Alemanha, Índia e Reino Unido. É mais do que se estima ser necessário para os países em desenvolvimento lidarem com a mudança climática”, disse o presidente do Brasil, durante participação na 112ª Conferência Internacional do Trabalho, que ocorre nesta quinta-feira, 13, em Genebra, na Suíça.
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Para o chefe do Executivo brasileiro, a “mão invisível do mercado só agrava a desigualdade”. “Recuperar o papel do Estado como planejador do desenvolvimento é uma tarefa urgente”, disse, pedindo uma “globalização de face humana”.
O presidente lamentou que, atualmente, salário igual para pessoas que exercem a mesma função ainda é “utopia”. As mulheres são “um dos elos mais vulneráveis na cadeia do trabalho”, comentou.
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