Luiz Fernando Mainardi não abandona origens e avalia cenário político

Natural de Segredo, o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) sempre que pode faz visitas à sua região de origem. Apesar de ter sido prefeito de Bagé, onde iniciou sua trajetória política, é na localidade de Serrinha Velha onde ele costuma relembrar dos velhos tempos de infância e adolescência e reencontrar familiares e amigos de longa data, como fez neste final de semana. Passou também por Lagoão e Ibarama, municípios no qual o PT integra os governos.

Luiz Fernando Mainardi também gosta de entrevistas. E não foge das polêmicas, como ocorreu na manhã desta segunda-feira, 5, no Giro Regional da Gazeta FM. O parlamentar petista fez uma análise do cenário político atual no país e no Rio Grande do Sul e lamentou a criminalização da política que, segundo ele, tem também a colaboração dos grandes veículos da mídia nacional.

“É difícil ser político. Tem horas que dá vontade de desistir. Antes, os políticos chegavam em um local e eram vistos como uma autoridade de respeito. Hoje, tem muitos que chegam nos locais escondidos”, explica, complementando. “Não se pode generalizar toda a classe. São visões assim que destroem uma sociedade”, analisa, citando que o PT acabou ficando “mais visado” pelo tempo em que comandou o país.

Defesa de ex-presidentes e críticas a Sartori

Questionado sobre sua defesa aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, Mainardi reiterou que acredita que ambos são inocentes em casos de corrupção. “Nunca se provou nada. É evidente que o PT errou, nunca neguei isso. Mas assim como todos os outros partidos. É só ver o PMDB, o PSDB com o Aécio Neves. Mas quem acusa tem que provar”, criticou o parlamentar.

O deputado ainda comentou sobre a crise financeira e administrativa enfrentada pelo Rio Grande do Sul. Na condição de oposição ao governo Sartori, ele vê um desmonte do Estado em todas as áreas, que tem prejudicado principalmente a segurança pública. “Ele faz a contenção de gastos em todas as áreas para passar à iniciativa privada. Um Estado existe para prestar serviços públicos de qualidade”, avalia Mainardi.