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Luiz Carlos Borges morre aos 70 anos

A música nativista perdeu um dos seus principais representantes nesta quarta-feira, 10. Luiz Carlos Borges morreu aos 70 anos. Ele estava internado no Hospital São Francisco, em Porto Alegre, desde 27 de março. O cantor e compositor sofria de problemas na aorta e não resistiu a uma intervenção realizada em decorrência de um aneurisma.

Ao lado do irmão Antônio, com quem formava a dupla Irmãos Borges, lançou três discos. Tocava na região de Santo Ângelo desde os nove anos. Ganhou destaque com a composição “Tropa de Osso”, em 1979, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana.

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Formado em Música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cumpriu cargos públicos como assessor de Cultura e Turismo das cidades de São Borja e Santa Maria. Em 1983, como secretário de Cultura de Santa Rosa, criou o Musicanto, festival de nativismo realizado até hoje.

Borges foi um dos nomes com mais tempo de carreira na música regionalista, com 35 álbuns, 269 composições e 720 gravações registradas no Ecad, o órgão responsável pela arrecadação e distribuição de direitos autorais no Brasil. O músico também deixa sua marca na forma de tocar gaita. Tinha um estilo próprio de conduzir e compor com o instrumento, misturando referências das músicas de baile, das canções homéricas dos festivais e de ritmos como o jazz e o blues.

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Em 2019, sofreu um aneurisma na aorta e ficou 85 dias internado no hospital, sendo 70 na UTI. Foi necessário reaprender a andar, a falar e a viver com autonomia. Depois de um período de readaptações, Luiz Carlos Borges voltou aos palcos em julho do ano passado.

Borges tem gravações em parceria com músicos como Yamandu Costa e Mercerdes Sosa, com quem gravou a faixa “Misionera”, no último álbum lançado pela cantora argentina, em 2009. É muito respeitado nos países vizinhos Uruguai, Argentina e Paraguai. Imortalizou clássicos como “Romance na Tafona”.

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