Therezinha nasceu em um frio rigoroso de julho, em 1930, no município de São Gabriel. Veio ao mundo saudável, pelas mãos de uma parteira que auxiliou a mãe, Bernardina, também no nascimento de outros dois irmãos: José e Leonice, já falecidos. O pai, Adelino José Rabuske, tinha o ofício de cuidar da manutenção dos trilhos de trem.
Por conta de sua profissão, a cada dois anos ele mudava de cidade por todo o Rio Grande do Sul onde havia passagem de trem, e assim a filha Therezinha cresceu, amamentada por Bernardina e passando de cidade em cidade, até chegar à adolescência. Quando Therezinha completou 16 anos, às vésperas de 1950, a família fixou-se em definitivo em Santa Cruz do Sul e, inclusive, conta ela que parte dos Rabuske do lado paterno ainda residem em Rincão Del Rey, interior de Rio pardo.
O primeiro emprego de Therezinha foi em uma loja de cartonagem, no Centro, onde atualmente encontra-se a Afubra, cuja função era a de montar caixas de sapato para serem enviadas a Novo Hamburgo. Aos 19 anos passou a atuar como funcionária da Tipografia Minerva, confeccionando rótulos para garrafas de champagne e de vinho, para vinícolas das cidades da serra.
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Aos 23 anos conheceu Moacyr Pinto da Rocha, um agente comercial de Porto alegre, que atendia as cidades da região como representante de uma distribuidora de medicamentos. Foi com ele, aliás, que aprendeu a dançar tango, e recorda que na época o casal de dançarinos sagrou-se campeão da modalidade em um concurso da Sociedade Ginástica.
E então veio o casamento, que ocorreu com toda a pompa em uma Catedral São João Batista lotada de convidados. Após o matrimônio, ela e o esposo mudaram-se para Porto Alegre, por conta do emprego dele. E por quase vinte anos Therezinha ficou cuidando somente da casa. O casal teve três filhos: Maria Cristina, Vânia e Moacyr, já falecido. “Meu marido dizia que ninguém educa melhor um filho do que a própria mãe. Ele não confiava em empregadas”, conta.
Com os filhos chegando à adolescência, retornaram a Santa Cruz para morar. Ele continuou no mesmo emprego e ela passou a trabalhar como professora de trabalhos manuais no Sesc, onde atuou por 22 anos, entre as décadas de 1970 e 1990.
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Ficou viúva e aposentou-se aos 61 anos. Desde então, sempre participou de grupos de terceira idade, e é no Clube Arte de Viver que integra o coral e a dança. Atualmente, entre as ocupações também estão a de estar sempre na companhia do radinho, lê jornal todos os dias e ela mesma faz suas compras no supermercado.
Tem dez netos e 11 bisnetos, e recebe todo suporte da nora, Diana. “Eu sou feliz com a família que tenho, acho que é por isso que Deus ainda me mantém aqui”, finaliza ela, aos risos.
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O projeto Longevidade é uma parceria entre Gazeta do Sul e Secretaria de Relações Institucionais e Esporte, da Prefeitura de Santa Cruz. Quem quiser sugerir histórias semelhantes pode contatar pelo WhatsApp (51) 9 8443 0312 ou pelo e-mail [email protected].
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