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Santa Cruz

Lojistas do Centro de Santa Cruz tentam renegociar aluguéis

Foto: Rafaelly Machado

Junto com o fechamento das lojas em Santa Cruz do Sul surge também a preocupação, entre os comerciantes, com o pagamento dos aluguéis, que drenam boa parte do faturamento das empresas. Uma lojista que preferiu não se identificar conta que muitos colegas procuraram as imobiliárias em busca de soluções, como adiamento, parcelamento ou descontos, na maioria dos casos sem obter sucesso. “Muitos dos inquilinos alugam há anos as suas lojas e, mesmo assim, não há uma empatia, uma ajuda por parte dos proprietários. Se todos se ajudassem as perdas poderiam ser amenizadas”, desabafou.

De acordo com a lojista, uma parte da categoria pretende organizar um ofício pedindo um posicionamento das imobiliárias. Outra parte aguarda um posicionamento oficial da CDL e do Sindilojas. Ela conta ainda que algumas imobiliárias aceitaram descontos de até 60%. No entanto, a empresa com o maior número de aluguéis diz precisar das comissões. “Estamos apavorados pois sabemos que o decreto vai se prolongar.”

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Outro comerciante da área central disse ter entrado em contato com a imobiliária e recebeu retorno do proprietário, exigindo que ele vendesse o automóvel para pagar o aluguel mensal de R$ 10 mil. “A situação vai se deteriorar muito no comércio. Concedemos férias coletivas e isso dá um baque no caixa para quem faz certo. Será muito difícil suportar 15 dias fechados, não se recupera.” O lojista afirma que está tentando prorrogar pagamentos com os fornecedores e negociar com o banco.

Com um aluguel mensal de R$ 6 mil, outra lojista pretende participar de ação com a categoria, já que não teve sucesso ao tentar negociar com a imobiliária. “As imobiliárias e os proprietários precisam ceder e negociar, pois se não fizerem isso vão receber no máximo um aluguel cheio. E depois? Ninguém terá condições, todo mundo sairá perdendo.”

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Indefinição
Para o presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz (Seisc), Flávio Bender, ainda não há nenhuma determinação e para saber o que vai acontecer, somente na volta à vida normal, já que os estabelecimentos estão todos fechados. “Estas negociações, acredito que serão tratadas individualmente entre inquilinos e proprietários. Somos apenas intermediários, administramos as locações em nome dos proprietários.”

Para Bender, a situação será uma “bola de neve”. “Este assunto será mais um dos sérios que todos teremos pela frente. Diversas pessoas vivem da renda dos aluguéis e como ficarão também? Teremos que aguardar e ver o final desta catástrofe.”

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