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Lojistas avaliam adaptação às regras de prevenção da Covid-19

Nesta quarta-feira, 20, completa-se um mês desde que o comércio de rua reabriu suas portas em Santa Cruz do Sul. Neste período – localizado entre o pós-Páscoa e o Dia das Mães –, lojistas se reinventaram e ainda medem a dimensão da crise iniciada com a pandemia do novo coronavírus. Criatividade e mudanças de hábito marcam este período dentro e fora das lojas.

Na loja Reggla, no Centro, há um mês os provadores se transformaram em parte do estoque. A subgerente da loja, Dóris Goes, explica que todos estão se acostumando ao novo sistema. De acordo com ela, a impossibilidade de deixar o cliente experimentar roupas criou dois novos hábitos. “Nós estamos oferecendo o sistema condicional. Para clientes do crediário, é possível levar as peças para casa, experimentar e, após, efetivar a venda”, conta.

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Segundo ela, quando o cliente volta sempre compra mais, o que é visto como positivo. Já as peças que são devolvidas ao estoque passam por um processo de higienização, em vapor de água e álcool. “Estas roupas ainda ficam descansando em um ambiente arejado durante um dia. Só depois voltam para os expositores”, explica Dóris.

O outro hábito diz respeito às trocas. O cliente que não leva peças em condicional e compra na loja tem o direito de trocar mais vezes o produto. “Podemos realizar até três trocas. Foi a forma que encontramos de viabilizar o atendimento da melhor maneira”, salienta.

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A subgerente diz que o mês de vendas pós-fechamento das lojas está sendo acima do esperado. “Lógico que estamos vendendo menos no mês de maio neste ano. Mas estamos, sim, conseguindo fechar negócios e superar a dificuldade”, ressalta Dóris.

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Para a consumidora Rosilda Noronha Dias, a venda condicional é a ideal. De acordo com ela, provar roupas na loja é anti-higiênico. “Eu prefiro mesmo experimentar em casa, e o que fica bom eu compro. O restante eu devolvo”, ensina a dona de casa.

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Uma hora a mais tem aprovação

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A nova edição do Decreto Municipal de Calamidade Pública de Santa Cruz do Sul, em vigor desde segunda-feira, prevê o funcionamento do comércio até as 18 horas. O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul, Ricardo Bartz, avalia a nova regra como positiva. “Na medida que ampliamos o horário, as pessoas terão mais tempo para ir aos estabelecimentos e, com isso, vamos evitar filas. Acredito que as demais medidas não tenham vindo para dificultar ou piorar; classifico-as como positivas”, frisa.

A proibição do uso de provadores, assim como a adoção de outras ações para evitar a propagação do vírus, segue mantida. “As pessoas têm de entender que estamos vivendo um momento atípico. E que é melhor atendermos desta maneira do que estarmos completamente fechados”, explica Ricardo Bartz.

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Na Eny, o consumidor leva para provar apenas o pé direito do calçado | Foto: Rodrigo Nascimento

Pela volta dos provadores

Na loja de calçados Eny, no Centro, a venda está prejudicada pela impossibilidade de provar tênis, botas e sapatos. A gerente Thaís Gais conta que a venda está baixa no mês de maio e uma das explicações pode ser a dificuldade dos clientes em provar os calçados. Quem entra na loja procurando um tênis, por exemplo, leva para casa apenas o pé direito, para experimentar. “Contabilizamos metade da venda do ano passado. O cliente entra na loja e pergunta se pode provar. Quando sabe que não pode, sai sem levar nada”, lamenta.

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A mesma reclamação é compartilhada pelas vendedoras da Loja Ventury, também no Centro. A balconista Leci Weisheimer diz que em 11 anos de loja jamais tinha ficado dois dias sem emitir uma única nota fiscal. O fato ocorreu agora, na reabertura das lojas. “O cliente está descontente porque não pode provar”, aponta.

A operadora de caixa da Ventury, Angelita Henn, sugere que os espaços sejam reabertos e que lojistas sejam responsabilizados pela higienização após cada prova. “O não uso de provadores prejudica a venda de roupas e de calçados. Defendemos que eles sejam utilizados”, acrescenta.

Colaborou a jornalista Rosibel Fagundes

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