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Conversa Sentada

Lixo, “privilégio” dos humanos

Gostei muito do artigo de Romar Beling sobre o lixo. Vou dar meu pitaco.

A gente reluta em reconhecer, pois fomos induzidos a crer que somos a cereja do bolo do Universo, que essencialmente somos animais, mamíferos, vertebrados, finitos. Esse ser que manobra os algoritmos que montaram essa casquinha de noz, a Terra, imaginou um paraíso harmônico, com cadeias alimentares, água, chuva, essas coisas.

Nossos irmãos animais têm sentimentos. Fui me dar conta disso depois de viver bom tempo no Bioma Pampa. Antes eu era um descuidado urbano. Não observava como a Natureza é perfeita. Nossos irmãos animais são sensíveis, amam, sofrem, pressentem. Nunca tinha pensado nisso. Teimamos em extinguir a fauna.

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Os animais não produzem lixo. Não destroem “hábitats”, não poluem as águas. Lá na fazenda temos vários arroios cortando as terras. Todos estão protegidos por matas ciliares, onde residem muitos seres. Andando pelos campos se constata a perfeição da obra do Criador.

Lá pelas tantas o homem começou a se multiplicar desordenadamente sem ter um predador, salvo micróbios e seus amigos. Isso redundou em grande desordem.

Hoje o que se vê são favelas amontoadas de pessoas em quase todos os países do dito terceiro mundo. De outro lado, passou-se a consumir mais do que o necessário. Sapatos, roupas, joias, eletrônicos, tudo a encher moradias.

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Surgiu um novo monstro. Sua excrescência maldita, o Lixo. Em alguns países, o povo, tentando minorar o problema, vai às compras levando uma sacola de pano; se quiser sacolas plásticas terá que pagar. As autoridades são rígidas na coleta de lixo: garrafas devem ser colocadas em contêineres onde há indicações da cor do vidro; papel de jornal vai num receptor; plástico em outro; restos de comida, em outro. E ai de quem for flagrado não agindo corretamente. Multa nele. Mas só isso não basta. Nesses países civilizados, há um absurdo consumo. Enquanto isso, nos países atrasados, os peixinhos e os animais marinhos vão se sufocando com os plásticos, os rios e lagoas são um fiasco de sujeira, as outroras belas praias de Floripa são poluídas, o Nordeste é outra decepção. Resumo da comédia: é essa cloaca, em que se transformou o mundo, que vamos deixar para nossos netos? Nas “datas” vamos continuar a dar embrulhos e mais embrulhos de presentes? Vamos continuar a usar água tratada para lavar as calçadas? Tu que me lês e estás consciente do problema, o que me dizes? Dá para continuar assim?

Abraços para Luiz Carlos Flores, Martinho Schuh e Anildo Camargo

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