Neste ano, o escritor Felipe Kuhn Braun, de 33 anos, completa 19 anos de pesquisas sobre a imigração alemã no Sul do Brasil. Com 20 obras publicadas, o jornalista, que também é vereador em Novo Hamburgo, apresenta a mais recente, intitulada Famílias teuto-brasileiras: história e genealogia, publicada em julho do ano passado.
Com 280 páginas, o livro traz apontamentos sobre a formação do povo alemão, tratando de nomes como Carlos Magno, o “Pai da Europa”, ou “Otto, o Grande”, da Saxônia, primeiro imperador com raízes germânicas. Aborda temas como a sociedade na Idade Média, a formação da Ordem Teutônica, o Sacro Império Romano-Germânico, a Liga Hanseática, a Revolução Industrial, a Peste Negra, a Guerra dos Trinta Anos e outros. A obra também faz um apanhado de 4 mil nomes de imigrantes alemães e seus descendentes de 22 famílias de origem germânica do Sul do País.
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O livro sobre as famílias teuto-brasileiras é o primeiro volume de uma coletânea que traça uma linha do tempo da colonização no Rio Grande do Sul, começando com a letra A. São 22 grupos que se estabeleceram nos Vales do Rio Pardo, Taquari, Caí, Sinos e Paranhana. São famílias de descendentes dos Adam, Adams, Adamy, Albert, Albrecht, Allgayer, Altenhofen, Altmann, Altmeyer, Anderson, Appel, Arendt, Arnecke, Arnhold, Arnold, Arnt, Assmann, Augustin, Auler, entre outras.
“O segundo livro deverá conter os sobrenomes que iniciam com a letra B”, explica Braun. Antes disso, a previsão é de que o escritor publique outra obra, intitulada As noivas de preto, retratando uma tradição das moças de origem germânica, que até o início do século 20 se casavam com vestido preto.
Braun possui um amplo acervo com 400 mil nomes de imigrantes de origens germânicas e 40 mil fotografias, entre cópias e originais. Desde que iniciou a pesquisa, ele já visitou 750 famílias nos três estados do Sul do Brasil e também na Argentina, Paraguai, Alemanha e em Luxemburgo.
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Hoje ele é representante do Rio Grande do Sul na diretoria da Badisch-Südbrasilianische Gesellschaft e. V, entidade com sede em Karlsdorf-Neuthard, na Província de Baden-Württemberg, com o objetivo de encontros culturais, programas de intercâmbio, cursos de línguas e pesquisa genealógica, em especial do século 19. Também é colaborador de pesquisa em outras instituições.
“Eu comecei a me interessar pela genealogia dos imigrantes alemães aos 14 anos, quando recebi uma caixa de fotos antigas da minha avó. Em dois anos, já havia conseguido reunir 2 mil fotos”, conta. O propósito, segundo ele, é buscar a valorização dos antepassados, preservar a cultura e a história dos imigrantes alemães. “Eu formei um grande acervo, mas não me considero dono dele. Sou guardião dessa história para que outras gerações tenham acesso às tradições e à cultura desse povo”, afirma.
O lançamento oficial do livro ainda não ocorreu, em virtude dos protocolos sanitários impostos pela pandemia de Covid-19. No entanto, a aquisição pode ser feita diretamente com o escritor, ao custo de R$ 60,00. Pessoas que queiram contribuir com o acervo de fotos ou outras informações podem acessar “Felipe Kuhn Braun” no Facebook e no Instragram. Ou então, entrar em contato com o autor pelo telefone (51) 99971 1456 ou e-mail [email protected].
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