Empreendimento que perdurou em Santa Cruz do Sul por 109 anos, o antigo Sanatório Kaempf, cuja sede ficava na localidade chamada Entrada Rio Pardinho, hoje no trevo de acesso a Sinimbu junto à RSC-287, tem sua trajetória recuperada em livro. O escritor José Alberto Wenzel, integrante da Academia de Letras do Brasil, da Academia Rio-grandense de Letras e da Academia de Letras de Santa Cruz do Sul, encarregou-se da pesquisa que agora resulta na obra Vida Nova: a história do Sanatório Kaempf.
Em 248 páginas, sob o selo da Editora Gazeta, o volume será lançado no dia 1º de maio, próxima quarta-feira, em pleno feriado do Dia do Trabalho, a partir das 17 horas. A atividade está na programação oficial da 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, e por isso a sessão de autógrafos ocorrerá na Praça Getúlio Vargas. Exemplares estarão à venda no local, por R$ 70,00, e posteriormente o livro poderá ser adquirido na Casa de Clientes Gazeta (Rua Ramiro Barcelos, esquina com a Tenente Coronel Brito) e em livrarias.
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Wenzel dedicou vários meses a pesquisa, entrevistas e levantamento de informações, já desde meados de 2023. Além de recuperar os principais fatos associados aos personagens e à expansão do sanatório, que em determinada época adotou a denominação de clínica Vida Nova, Wenzel reuniu um amplo e valioso acervo de fotos e ilustrações de diferentes épocas. Elas proporcionam ao leitor uma viagem ao passado local e regional.
O estabelecimento foi fundado numa data de forte significado para a história de todo o Brasil: 15 de novembro de 1889, mesma dia em que, no Rio de Janeiro, era proclamada a República. O idealizador foi o imigrante alemão Eduard Kämpf, que chegou ao País em 1883, tendo, a princípio, uma rápida passagem por Minas Gerais. Logo se transferiu para o Rio Grande do Sul, vindo a se fixar em Linha Saraiva, na colônia de Monte Alverne, ocupando uma pequena propriedade rural.
De lá, transferiu-se para uma área de terras que adquiriu nas imediações de Santa Cruz, à margem da estrada que cruzava a Entrada Rio Pardinho, a norte do núcleo urbano. Ali ergueria o sanatório que depois teria o nome aportuguesado para Kaempf.
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Inspirado nos conhecimentos que obtivera ainda na Europa (era natural de Leipzig), Eduard apostou na hidroterapia e em outros tratamentos que valorizaram o contato com a água e o ar puro, a exposição ao sol e ainda a alimentação equilibrada, bem como em leitura e apreciação das artes, para recuperar a saúde, física e mental, de seus pacientes.
Milhares de pacientes, de todas as regiões gaúchas e até do Brasil, acorreram ao Sanatório Kaempf e à Clínica Vida Nova, ao longo de seu período de existência, em busca de tratamento de saúde. Além dessa finalidade, o estabelecimento funcionou com outras atribuições, por exemplo como hospedagem. Em seu livro, Wenzel conversou com descendentes da família Kaempf, com profissionais que atuaram junto à casa de saúde e pessoas da comunidade a fim de resgatar, para as atuais e as futuras gerações, o que aquele endereço significou para a região e para o Estado.
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