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AINDA ESTE ANO

Livro “O avesso da pele” será adaptado para o cinema

Tenório, que participou do encontro de maneira online, se disse surpreso com o caso | Foto: Julian Kolber

Um público formado por pelo menos 120 pessoas – a maioria ligadas à educação – acompanhou nessa quinta à noite um debate sobre a polêmica envolvendo o livro O avesso da pele. O evento, realizado no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal), foi marcado pela participação do autor da obra, Jeferson Tenório. Presente de forma online, o escritor foi ovacionado pela plateia – entre os presentes, seis diretores e dois vices de escolas estaduais. Em sua fala, afirmou que ficou surpreso com a repercussão do caso e o modo como o livro foi tratado pela diretora da Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, Janaína Venzon. 

Ele destacou, porém, a reação rápida e coletiva diante das críticas feitas pela docente. Por isso, considerou o ato, organizado pela Associação Mães e Pais Pela Democracia, um momento muito importante não só para a cidade, mas para todo o Brasil. Na sua visão, é um exemplo de como lidar com situações que tentam “cercear a liberdade, a cultura e o acesso à educação”.  

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“Santa Cruz do Sul deu uma aula de democracia, justamente por promover esse momento de reflexão e demonstrando que a cidade não é uma coisa única, há espaço para que as pessoas pensem diferente, mas que não há espaço para atitudes autoritárias e antidemocráticas e a censura”, afirmou.  Ele espera que o exemplo dado por Santa Cruz, o qual considerou um ato de cidadania e humanidade, possa ser seguido em cidades dos estados de Goiás e Paraná, onde o livro foi recolhido de escolas. “Não vamos aceitar qualquer tipo de retrocesso em relação à cultura, ou qualquer outro setor da sociedade, e principalmente no setor tão difícil que é o da educação.”

Destacou ainda que O avesso da pele, que será adaptado para o cinema, com as gravações previstas para ocorrer em Porto Alegre ainda neste ano, é uma declaração de amor à literatura, ao conhecimento e à educação. Em especial, aos professores de escolas públicas. A narrativa denuncia o racismo estrutural e a precariedade do ensino público. Por fim, deixou um recado ao público. “Espero um dia conhecer a cidade de Santa Cruz do Sul.”

Mediada pelo professor César Góes, membro do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir-SCS), a mesa de debate contou com a participação do presidente e advogado da Associação Mães e Pais Pela Democracia, Júlio de Sá; do deputado estadual Matheus Gomes; da professora da direção central do Cpers, Sandra Régio; do vereador Alberto Heck (PT) e do professor de Português e Literatura da Escola Estadual Santa Cruz, Felipe Augusto Kopp.

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