Entre 1920 e 1934, um imigrante alemão confeccionou, em Porto Alegre, vitrais presentes em diversas edificações pelo Rio Grande do Sul. Trata-se do artista Albert Gottfried Veit, que mudou-se de Munique para a capital do Estado no início do século passado.
Em solo gaúcho, o pintor de vidros abriu a Veit & Filhos, dedicada à arte de produzir vidros que ilustram histórias, especialmente de trechos bíblicos. A técnica foi passada para os descendentes Hans e Alberto, que seguiram no ramo após sua morte.
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Hoje, os trabalhos estão presentes não apenas em templos religiosos, mas também em residências e instituições privadas. Eles podem ser vistos em Porto Alegre, Antônio Prado, Canoas, Caxias do Sul, Garibaldi, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Veranópolis, entre outras cidades.
O legado do trabalho da família é narrado no livro Ateliê Veit – A paixão pela arte. Lançada recentemente pela Editora Oikos, a obra de Elinor Arlete Veit Somensi – bisneta de Albert – é resultado de uma pesquisa de três décadas, na qual buscou identificar as principais obras dos antepassados no Rio Grande do Sul.
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Ao todo, encontrou 83 locais onde as obras estão instaladas. Destas, 47 contêm a assinatura Veit & Filho e foram confeccionadas entre 1920 e 1934. Elinor também apresenta uma série de documentos, encontrados em arquivos na Alemanha, além de fotografias da família Veit, registros civis, peças publicitárias, recortes de jornais, notas fiscais e premiações que a empresa Veit & Filho recebeu em exposições nacionais e internacionais.
Trabalhos também presentes em Santa Cruz
Nas páginas do livro estão destacadas as fotografias dos vitrais identificados. Entre eles, os que estão presentes em templos religiosos de Santa Cruz do Sul, incluindo a Catedral São João Batista, no coração da cidade. Assinados por Hans Veit, eles retratam o nascimento de Jesus Cristo e a ascensão do Senhor ao Céu, além de santos como São Cristóvão e São Luiz Gonzaga. Há ainda na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Centro, com a assinatura de Veit & Filhos.
Elinor cresceu ouvindo as histórias do pai, Arno Augusto Veit, sobre a jornada dos avós. Isso despertou um interesse pelos antepassados que não conheceu. Também escutou relatos do avô Augusto Veit sobre as dificuldades que a família encontrou logo após a imigração. “Cedo comecei a anotar as histórias contadas por ele. Na busca por conhecer mais sobre as origens, fui à procura de documentos e montando minha genealogia”, explicou.
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O livro pode ser adquirido no Mercado Livre ou diretamente com a escritora pelo e-mail [email protected].
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