O choro, popularmente conhecido como chorinho, é um gênero de música popular e instrumental brasileira. O ritmo surgiu no Rio de Janeiro em meados do século 19 e ainda possui adeptos, entre os que tocam e entre os que ouvem boa música. Neste domingo, 18, uma transmissão realizada pelo William Bender Quinteto em Santa Cruz do Sul fará uma homenagem aos clássicos do chorinho. A transmissão, a partir das 20 horas, será feita online, através das páginas no Facebook e do YouTube do artista. Além do acordeonista William Bender, o show terá a participação dos músicos Fernando Drescher, na bateria; Edinho Nascimento, na percussão; Samuel Santos, na guitarra; e Denis Job, no contrabaixo.
Em 2019, Bender lançou o disco Chorinho, de música instrumental. Então, nada mais justo do que fazer uma celebração do gênero em um show transmitido ao vivo. “A ideia surgiu uma vez que já tenho o CD de música instrumental Chorinho. Nesses últimos meses de pandemia, houve a Lei de Incentivo à Cultura e o governo liberou recurso para os artistas. Eu podia escolher como utilizar, e escolhi fazer a live”, conta. Apesar de esta ser a primeira transmissão ao vivo organizada por William, já participou de outras como artista convidado.
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No show, que terá duração de cerca de uma hora e meia a duas horas, a ideia é apresentar clássicos do chorinho, além de canções populares de outros gêneros brasileiros, como o forró. No repertório preparado pelos músicos, os espectadores podem esperar algumas canções muito queridas, como Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu; Brasileirinho, composta em 1947 por Waldir Azevedo; e Escadaria, de Pedro Raymundo.
Uma das músicas que devem abrilhantar a noite é uma das mais importantes composições da música popular brasileira, Carinhoso, de Pixinguinha. “Vai ser bem legal. O pessoal vai ouvir músicas de qualidade, o que temos de melhor na música brasileira. A banda e os músicos que vão me acompanhar são todos grandes músicos daqui de Santa Cruz. Será um show bem legal, e o pessoal vai curtir muito”, adiantou William Bender.
História na música
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Natural de Santa Cruz do Sul, o músico de 29 anos iniciou sua jornada na música cedo, aos 7 anos. William Bender estudou com o professor Ornelio Peixoto, e mais tarde também teve Leonas Beise e Lídio Frantz como professores de acordeon.
O jovem passou a se apresentar em jantares e na Oktoberfest, e seguiu com os estudos. Em 2006, quando já integrava bandas de baile, foi a vez de aprender teoria musical com Evelter Correa e harmonia e improvisação com Dilson Trindade, na Academia de Música Evidências.
Em 2013, ele buscou aperfeiçoamento no acordeon com o mestre Oscar dos Reis, de Caxias do Sul, onde procurou melhorar a técnica e os conhecimentos em vários gêneros musicais, como choro e jazz, além de música clássica e erudita. Já em 2014, William participou de workshops e master classes ministrados pelos acordeonistas Renzo Ruggieri (Itália) e Chico Chagas (Brasil), e em 2016 foi um dos acordeonistas convidados para o Festival de Acordeon Espetacular, na Casa da Cultura em Caxias do Sul, onde apresentou a música Divertimento, de André Astier.
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Hoje atuando como professor na Academia de Música Evidências, onde leciona teclado, acordeon e percepção musical, ele também ministra aulas particulares de música. Além do projeto William Bender Quarteto, o músico faz parte da Banda Voga, de Santa Cruz, e mantém os estudos com a pianista Sandra Mohr e o acordeonista mestre Oscar dos Reis.
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