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Literatura: a diversidade nas páginas dos livros

Era uma vez… Qual é o significado dessas palavras, para você? Pode lembrar de alguma memória da infância, das histórias contadas ao pé da cama, dos livros com os quais aprendeu a ler. Foi desde essa tenra idade, em que os contos de fadas encantam e fazem viajar na imaginação, que Luã Würdig entendeu que as palavras eram mágicas. Hoje, aos 25 anos, trabalha na publicação de seus próprios livros, em histórias que representam quem ele é e respondem a um anseio da comunidade LGBTQIA+: ver suas vidas representadas nas páginas dos livros. Luã é um dos inúmeros homens gays brasileiros que cresceram sem se sentir devidamente próximos dos personagens que acompanhavam ao longo da infância e adolescência. Foi só ao ler a primeira obra com protagonismo gay que se sentiu em casa. 

A obra era O Terceiro Travesseiro, de Nelson Luiz de Carvalho. “Minha cabeça deu um clique quando eu descobri que o que eu sentia e ainda não entendia muito bem (eu ainda não era assumido na época) era retratado nos livros. Foi um momento em que tudo começou a ficar mais claro e mais leve pra mim.” Desde então, Luã decidiu que iria fazer parte de uma legião cada dia maior de autores que leva a representatividade para o mercado editorial e deixa, com uma página colorida de cada vez, o universo da literatura mais democrático, inclusivo e real, retratando as inúmeras formas de ser. 

A paixão pela literatura veio desde muito cedo, quando o santa-cruzense destinava várias palavras de carinho à família e já demonstrava a felicidade ao lidar com as letras. “A escrita é a mais forte e intrínseca das paixões. Eu sempre gostei muito de escrever, costumava fazer cartões extensos e elaborados em datas comemorativas para a minha mãe e minha avó. Logo percebi o encanto com o poder das palavras e, aos poucos, fui timidamente trabalhando em cima disso”, conta. “Sempre costumo pensar que a escrita corre nas minhas veias, de mãos dadas com meu sangue. É uma das formas de arte mais bonitas que eu conheço.”

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Hoje, Luã não mora mais em Santa Cruz – há seis anos, vive em Ribeirão Preto (SP) -, mas nutre o amor pela terra onde nasceu e não esconde a saudade da família, que segue vivendo na mesma casa onde Luã escreveu os primeiros esboços de um livro. Foi aos 17 anos que terminou o primeiro rascunho da obra que se tornaria, tempo depois, O Garoto da Mesa 09, primeiro livro do ainda garoto que buscava se sentir representado e colocar toda sua paixão nas páginas. “Escrever é muito mais que um hobby pra mim. É como se fosse meu propósito, sabe? Quando eu percebi isso, foi mágico. Pretendo escrever até o último dia da minha vida.” 

Escritor encontra desafios no caminho como autor independente | Foto: Arquivo Pessoal

Ele ainda não consegue viver da literatura – trabalha como vendedor enquanto trilha o árduo caminho no mundo editorial como um autor independente. Os desafios mais recentes incluíram a republicação de O Garoto da Mesa 09, O Garoto da Capital e Proibido, após revisão e aprimoramento das obras. Além disso, o santa-cruzense trabalha na finalização do processo para publicação do e-book e livro físico de O Garoto da Mesa 09 na Amazon. “Toda a carga de trabalho se elevou a um nível bem maior do que eu imaginava que seria. É exaustivo, mas dá muito orgulho ao ver tudo criando forma. Ainda mais por ser autor independente, você percebe que a sua vontade de contar suas histórias para o mundo se torna o combustível mais poderoso de todos para cruzar qualquer obstáculo no meio do caminho”, ressalta. 

Aos poucos, ele busca o seu “lugar ao sol” em um mercado competitivo, especialmente com a facilidade da autopublicação e com os desafios de fazer tudo por conta própria, desde a escrita até os serviços de pós-produção. “Você precisa ter persistência e força de vontade para fazer com que sua mensagem chegue ao leitor”, destaca o santa-cruzense. E se um autor independente já precisa, por si só, de muita dedicação para chegar ao grande público, adicione o preconceito com as obras que retratam histórias de personagens LGBTQIA+ e a carga triplica de peso.

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“A escrita corre nas minhas veias, de mãos dadas com meu sangue. É uma das formas de arte mais bonitas que eu conheço”

— Luã Würdig

O mercado editorial

Foi justamente para driblar esses desafios e criar um espaço de respeito e representatividade no mercado editorial que Manuela Neves, de 31 anos, decidiu dar o primeiro passo, ainda no início de 2014, e empreender. Foi assim que nasceu a Editora Vira Letra. Ela e Luã têm mais em comum do que podem imaginar: Manuela também cresceu sem se sentir representada na literatura, antes mesmo de entender quem era. “Como uma criança que foi criada e socializada como sendo heterossexual, na época em que eu descobri que eu era lésbica – e o que era ser lésbica -, eu já sentia que era algo condenado. E eu achava que eu estava errada, que eu era errada”, conta.

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“Foi nessa época que eu entrei em contato – por alguma rede social – com a literatura lésbica. Eu entrei em contato com esses textos antes de eu ter coragem de falar em voz alta pra mim mesma que eu era lésbica”, ressalta, relembrando a época, aos 13 anos, quando leu as primeiras obras com personagens lésbicas. “Foi a literatura lésbica que me mostrou que existia um mundo pra mim, que me mostrou que existiam pessoas como eu – que sentiam como eu. E pra mim, Manuela, foi ela que me deu força pra ser quem eu era.” 

Hoje referência na publicação de obras com protagonismo lésbico e diversos títulos em seu catálogo, a Vira Letra foi criada sob este contexto pessoal da empreendedora, e também para quebrar a hegemonia de homens, brancos e héteros do setor. “Uma pesquisa desenvolvida pela professora Regina Dalcastagne na Universidade de Brasília (UNB) mostra o perfil do escritor publicado nas grandes editoras brasileiras. A pesquisa estudou, dos anos 1990 a 2004, as três principais editoras do Brasil e concluiu que o perfil do escritor publicado no Brasil, em sua maioria, é: Homem. Heterossexual. Branco. E diversas outras características que já dá pra imaginar. Isso é um pouco assustador porque essa realidade não reflete, de jeito nenhum, a pluralidade, a heterogeneidade da sociedade brasileira”, destaca a editora. 

Manuela Neves criou a Editora Vira Letra há 7 anos | Foto: Arquivo Pessoal

Apesar do crescimento de protagonistas LGBTQIA+ nas publicações de grandes editoras – importantíssimo, diga-se de passagem -, Manuela ainda sente uma barreira no mercado. “A personagem LGBT começou a surgir nas grandes editoras, mas o perfil do escritor não mudou. A classe que detém o poder da palavra continua sendo a mesma. As personagens existem, mas e o escritor e a escritora LGBT? Onde eles estão?”, questiona. “Estão nas pequenas editoras, nas publicações independentes, nas edições de resistência. E esse cenário, sim, está cada vez mais diverso, cada vez mais bonito. Nos livros publicados longe dos holofotes da grande mídia, o poder de fala está com aquele que vive aquilo que está sendo falado. E isso é muito importante. A importância de termos uma literatura com temática lésbica está muito pautada no ativismo”, complementa.  

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É essa resistência que reflete um mercado editorial cada dia mais plural, diverso e democrático para todos. “A literatura me mostrou que eu podia ser quem eu sou. Começou como uma paixão, um hobby, e hoje é meu trabalho, é uma forma de ativismo – de me ajudar, de ajudar outras mulheres, de nos dar voz e espaço para falar. A literatura é arte, é luta, é política”, pontua Manuela. Sendo plural, a literatura segue mudando vidas, de autores e leitores, com a devida representatividade dos mais diversos jeitos de ser humano. Assim, no futuro, as palavras “era uma vez” podem refletir lembranças de alguém que se sentiu em casa nas páginas coloridas que leu. 

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Representatividade

A ausência de representatividade na literatura levou Luã e Manuela ao mercado editorial, de diferentes maneiras. Mas, afinal, o que é a tão falada representatividade – e por que ela é tão importante? Muito além do significado tradicional do termo em si (aquilo que representa), a palavra carrega os conceitos de diversidade, visibilidade, reconhecimento. E isso, naturalmente, é refletido na literatura, assim como em tantos outros aspectos. “Uma das minhas maiores motivações para entrar nesse mundo incrível da literatura LGBTQ+ foi justamente a escassez de livros que abordavam o assunto na época. Claro que hoje em dia já estamos melhorando nesse aspecto, mas ainda é uma batalha longa”, comenta Luã. “Por isso eu decidi arregaçar as mangas e trabalhar pra colocar essa diversidade no mercado, junto com os outros escritores que já tentavam fazer isso antes de mim.”

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O autor também lembra públicos que carregam ainda mais marginalização, como a população negra e transexual. “Meu maior objetivo é ver livros nacionais (que já não são tão valorizados em comparação aos estrangeiros), com todas as letras da nossa sigla em destaque. Sinto falta da abordagem dos desafios para os LGBTQ+ pretos, também. Pois, se ser fora dos padrões já coloca um alvo nas suas costas, isso pode piorar muito mais com o preconceito racial, tão evidente e enraizado na nossa sociedade. O mesmo vale para as pessoas trans. Elas estão nessa linha de frente, onde recebem uma carga ainda mais pesada de ódio e de intolerância apenas por serem quem são e, através dos olhos da sociedade, serem “pessoas que devam ser marginalizadas”. Por isso, uso a literatura como uma arma poderosa para a abertura de debates que precisam urgentemente serem aprofundados”, explica Luã. 

“Se a gente não rotular agora, não vai ter espaço – para a existência e, muito menos, para a literatura.”

— Manuela Neves


O mesmo reconhecimento é buscado por Manuela: “As pessoas que dizem que representatividade não importa geralmente são aquelas que são representadas o tempo todo, em todos os lugares. Elas estão tão acostumadas a ocuparem todos os espaços, a estarem em todos os lugares, que elas não conseguem ver essa representatividade, elas não conseguem ver a importância disso”, comenta. 

Ela ainda ressalta que a colocação de um “rótulo” não busca segregar, mas criar visibilidade. “Gosto sempre de explicar que, quando eu falo sobre literatura com temática lésbica, não estou falando da criação de um rótulo. Estou falando da criação de uma representatividade! Não que exista uma identidade única para representar a mulher lésbica. É exatamente o oposto que é preciso mostrar: a pluralidade de ser mulher e ser lésbica”, diz. “Seria ideal que qualquer pessoa pudesse existir sem a necessidade de classificar e que, nessa existência, não corresse riscos simplesmente por ser quem é. Mas o mundo não é ideal: o mundo é LGBTfóbico, machista, racista, elitista, etc. Se a gente não rotular agora, não vai ter espaço – para a existência e, muito menos, para a literatura.”

É este o objetivo da literatura LGBTQIA+: criar representatividade e reconhecimento. “Quando eu falo que por meio da Vira Letra a gente busca criar possibilidades de representatividade, eu tô falando da possibilidade de identificação com alguém que – apesar de toda a dor, apesar de todo o preconceito, apesar de toda a estrutura opressora do mundo – conseguiu sobreviver. Conseguiu existir seguindo a própria essência, respeitando e mostrando a própria essência. Uma pessoa que não precisou se esconder para ser feliz ou que não morreu ao se mostrar”, completa Manuela. Por isso, a representatividade ultrapassa os limites do termo em si e abrange muito mais do que simplesmente mostrar diferentes pessoas. É uma discussão sobre pertencimento, felicidade, sobrevivência. 

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As obras de Luã

Pouco tempo depois do primeiro rascunho, Luã Würdig publicou capítulos d’O Garoto da Mesa 09 em um site de contos, onde já recebeu respostas positivas dos leitores. O sucesso foi tanto que a obra ganhou uma continuação, O Garoto da Capital, e o autor ainda produziu Proibido. Os três livros foram publicados mais tarde na plataforma de leituras Wattpad e conquistaram ainda mais leitores. Da duologia, o primeiro já conta com mais de 40 mil leituras e o segundo, 13 mil. Proibido, por sua vez, já chegou a 253 mil leituras. “Ao todo, esses três livros publicados venceram 12 concursos literários lá na plataforma. O Garoto da Mesa 09 ganhou nove (coincidência ou não), O Garoto da Capital ganhou dois e Proibido ganhou um”, comenta o autor. É possível conferir as obras em https://www.wattpad.com/user/wurdig

Dicas de livros

L

Sempre em meu coração, de Diedra Roiz 

Sinopse: Qual é o tempo do amor? Um evento moderno ou um acontecimento livre das amarras do tempo? Nessa história romântica, com ares do Rio de Janeiro da década de 1940 – época em que a mulher, ao casar, perdia sua plena capacidade e tinha sua existência submetida ao marido –, seguimos a trajetória de Eduarda, Maria Lúcia e Nora, três mulheres fortes e, cada uma a sua maneira, bem à frente de seu tempo.

G

Um milhão de finais felizes, de Vitor Martins

Sinopse: Jonas não sabe muito bem o que fazer da vida. Entre suas leituras e ideias para livros anotadas em um caderninho de bolso, ele precisa dar conta de seus turnos no Rocket Café e ainda lidar com o conservadorismo de seus pais. Sua mãe alimenta a esperança de que ele volte a frequentar a igreja, e seu pai não faz muito por ele além de trazer problemas. Mas é quando conhece Arthur, um belo garoto de barba ruiva, que Jonas passa a questionar por quanto tempo conseguirá viver sob as expectativas de seus pais, fingindo ser uma pessoa diferente de quem é de verdade. Buscando conforto em seus amigos (e na sua história sobre dois piratas bonitões que se parecem muito com ele e Arthur), Jonas entenderá o verdadeiro significado de família e amizade, e descobrirá o poder de uma boa história.

B

Conectadas, de Clara Alves

Sinopse: Raíssa e Ayla se conheceram jogando Feéricos, um dos games mais populares do momento, e não se desgrudaram mais ― pelo menos virtualmente. Ayla sente que, com Raíssa, finalmente pode ser ela mesma. Raíssa, por sua vez, encontra em Ayla uma conexão que nunca teve com ninguém. Só tem um “pequeno” problema: Raíssa joga com um avatar masculino, então Ayla não sabe que está conversando com outra menina. Quanto mais as duas se envolvem, mais culpa Raíssa sente. Só que ela não está pronta para se assumir ― muito menos para perder a garota que ama. Então só vai levando a mentira adiante… Afinal, qual é a chance de as duas se conhecerem pessoalmente, morando em cidades diferentes? Bem alta, já que foi anunciada a primeira feira de Feéricos em São Paulo, o evento perfeito para esse encontro acontecer. Em um fim de semana repleto de cosplays, confidências e corações partidos, será que esse romance on-line conseguirá sobreviver à vida real?

T

Apenas uma garota, Meredith Russo

Sinopse: Prestes a entrar na vida adulta, Amanda Hardy acabou de mudar de cidade, mas a verdadeira mudança de sua vida vai ser encarar algo muito mais importante: a afirmação de sua identidade. Tudo que ela mais quer é viver como qualquer outra garota. E, embora acredite firmemente que toda mudança traz a promessa de um recomeço, ainda não se sente livre para criar laços afetivos. Até que ela conhece Grant, um garoto diferente de todos os outros. Ela não consegue evitar: aos poucos, vai permitindo que Grant entre em sua vida. Quanto mais eles convivem, mais ela se sente impelida a se abrir e revelar seu passado, mas ao mesmo tempo tem muito medo do que pode acontecer se ele souber toda a verdade. Porque o segredo que Amanda esconde é que ela era um menino.

Q

Clichês em rosa, roxo e azul, de Maria Freitas

Sinopse: Personagens cis e trans, binários e não binários, vivendo suas vidas, se apaixonando pelo vizinho, ajudando o avô com as compras, descobrindo novos superpoderes; trisais, casais, solteires; músicos, estudantes, alienígenas. Tudo isso reunido em uma série de 12 contos com protagonistas bissexuais.

I

Menino de ouro, de Abigail Tarttelin

Sinopse: A família de Max não permitiria nenhum desvio na imagem perfeita que havia construído. Melhor aluno da escola, capitão do time de futebol, atlético, simpático, sucesso entre as garotas: Max, o primogênito, é o menino de ouro. Ninguém poderia dizer que sua vida não é perfeitamente normal. Ninguém poderia dizer que Max esconde um segredo. Ele é diferente, especial. Max é intersexual: nasceu com os dois conjuntos de cromossomos, XX e XY e, portanto, é menino e menina. Ou nenhum dos dois.

A

Tash e Tolstói, Kathryn Ormsbee

Sinopse: Natasha Zelenka é apaixonada por filmes antigos, livros clássicos e pelo escritor russo Liev Tolstói. Tanto que Famílias Infelizes, a websérie que a garota produz no YouTube com Jack, sua melhor amiga, é uma adaptação moderna de Anna Kariênina. Quando o canal viraliza da noite para o dia, a súbita fama rende milhares de seguidores — e, para surpresa de todos, uma indicação à Tuba Dourada, o Oscar das webséries. Esse evento é a grande chance de Tash conhecer pessoalmente Thom, um youtuber de quem sempre foi a fim. Agora, só falta criar coragem para contar a ele que é uma assexual romântica — ou seja, ela se interessa romanticamente por garotos, mas não sente atração sexual por eles. O que Tash mais gostaria de saber é: o que Tolstói faria?

+

Todos, nenhum: simplesmente humano, Jeff Garvin

Sinopse: “A primeira coisa que você vai querer saber sobre mim é: sou menino ou menina?” Riley Cavanaugh é um ser humano com muitas características: perspicaz, valente, rebelde e… gênero fluido. Em alguns dias, se identifica mais como um menino, em outros, mais como uma menina. Em outros, ainda, como um pouco dos dois. Mas o fato é que quase ninguém sabe disso. Depois de sofrer bullying e viver experiências frustrantes em uma escola católica, Riley tem a oportunidade de recomeçar em um novo colégio. Assim, para evitar olhares curiosos na nova escola, Riley tenta se vestir da forma mais andrógina possível. Porém, logo de cara recebe o rótulo de aquilo. Quando está prestes a explodir de angústia, decide criar um blog. Dessa forma, Riley dá vazão a tudo que tem reprimido sob o pseudônimo Alix. Numa narrativa em que o isolamento é palpável a cada cena, Jeff Garvin traça um poderoso retrato da juventude contemporânea. Somos convidados a viver a trajetória de Riley e entender o que, afinal, significa ser humano.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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