Para a Política Nacional de Alfabetização (PNA), literacia é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas à leitura e à escrita, assim como sua prática produtiva. Ou seja, a literacia diz respeito ao ensino e à aprendizagem das habilidades de leitura e escrita. Ela envolve desde os critérios mais básicos até os mais avançados da alfabetização.
A partir da definição do PNA para o termo, a literacia financeira é a habilidade para lidar com as finanças pessoais e tomar decisões assertivas sobre o dinheiro. Assim como qualquer tema, o desenvolvimento da literacia financeira é resultado da dedicação e o interesse no processo de aprendizado. Os caminhos para adquirir esse conhecimento são vários: ler livros que tratam do assunto, participar de cursos, assistir vídeos, buscar informações em sites confiáveis, conversar com o gerente do banco, trocar ideias com quem entende do assunto.
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Uma forma eficaz de desenvolver a literacia financeira é começar a acompanhar de perto as próprias finanças. Quanto mais uma pessoa se envolver com sua vida financeira, mais ela aprenderá. O principal conceito a ser aplicado é o planejamento financeiro que, de acordo com a DSOP Educação Financeira, deve observar quatro passos:
1º) diagnosticar: identificar os ganhos, gastos, aplicações, dívidas; durante 30 ou 60 dias, anotar, em planilha ou aplicativo, todos os ganhos e desembolsos efetuados, por menores que sejam; esse levantamento vai mostrar o caminho que o dinheiro pessoal ou familiar percorre, mostrando o verdadeiro “eu financeiro”, em que efetivamente é gasto o dinheiro que, muitas vezes, pode ser diferente do que a pessoa ou família pensam ou imaginam;
2º) sonhar: motivar as pessoas a crescerem e prosperarem; é o verdadeiro sentido da vida;
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3º) orçar: analisar a sustentabilidade financeira; subtrair dos ganhos o valor dos sonhos, dívidas, longevidade e, a partir do saldo, ajustar as despesas;
4º) poupar: proteger, por meio aplicações financeiras, o destino dos recursos.
Muitas pessoas questionam o passo sonhar, alegando que a pessoa que quer alguma coisa não sonha, ela simplesmente entra em ação, fazendo o que é necessário para alcançar seu objetivo ou meta. É mais ou menos como diz a letra de uma música: “quem sabe, faz a hora, não espera acontecer”. Existem, também, aquelas pessoas para as quais os sonhos não fazem parte de suas vidas. Muito atrapalhadas com suas finanças ou até endividadas, não conseguindo pagar nem as contas básicas, acabam conformadas e desistem de sonhar com alguma coisa melhor.
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Acreditando na força e importância dos sonhos, imprescindíveis até nas finanças pessoais e familiares, Reinaldo Domingos, criador da DSOP Educação Financeira, incluiu em sua metodologia o passo “sonhar”. Reinaldo crê e repete que os sonhos mantém as pessoas vivas e as faz ter atitudes necessárias para a sua realização. No conceito de Reinaldo Domingos, “o sonho é um agente motivador que nos mostra o caminho e o verdadeiro sentido da vida e, com ele, nos sentimos empoderados para realizá-lo.”
Na metodologia da DSOP Educação Financeira, a recomendação é que as pessoas trabalhem com vários sonhos, às vezes desdobrados em metas menores, simultaneamente, para realização em curto prazo (até um ano), médio prazo (de um ano até dez anos) e em longo prazo (mais de dez anos). Mas, para que esses sonhos se tornem realidade, é preciso responder a um conjunto de perguntas que, uma vez conscientes, provocarão a atitude de sair da inércia ou da zona de conforto, em que muitos podem estar:
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1) Qual é o sonho? Comprar uma casa, um carro, uma moto; iniciar um negócio; quitar as dívidas; casar; fazer uma faculdade, uma especialização, uma pós, um doutorado; realizar uma viagem especial; etc; ,
2) Quanto custa esse sonho? Buscar informações detalhadas e cotar preços; conversar com pessoas que podem fornecer informações importantes;
3) Quando quer realizar o sonho? Definir uma data;
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4) Quanto é preciso poupar por mês para dar de entrada ou pagar integralmente?
5) De onde tirar esse valor que vai ser poupado? Reduzir, substituir ou eliminar algum item específico do orçamento; obter alguma renda extra; solicitar um empréstimo financeiro.
Na prática, o conhecimento adquirido através da literacia financeira melhora a relação com o dinheiro, favorecendo o hábito de poupar, evitar gastos e dívidas desnecessárias e alcançar objetivos que requerem recursos financeiros.
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