Num momento em que as biografias ocupam espaço privilegiado nas estantes de bibliotecas e livrarias, e em que as histórias de vida de personalidades atraem leitores de todas as idades, a 28ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul homenageia justamente um dos escritores brasileiros da atualidade mais bem-sucedidos nesse gênero. 

O cearense João de Lira Cavalcante Neto, ou simplesmente Lira Neto, natural de Fortaleza e radicado em São Paulo, está na cidade desde ontem à tarde na condição de patrono desta edição (na foto, ele na Livraria e Cafeteria Iluminura). Hoje à noite, a partir das 19h15, estará no auditório central da Unisc. Na ocasião, participa de bate-papo com mediação dos professores Demétrio de Azeredo Soster e Olgário Vogt, ambos da Unisc. Amanhã, a partir das 9 horas, receberá homenagens no ambiente da feira, que acontece no pavilhão 2 do Parque da Oktoberfest.

Biógrafo consagrado, ele próprio ostenta biografia que já renderia uma boa narrativa. Aos 51 anos (faz aniversário em 25 de dezembro), foi professor de História, Redação e Literatura, em sua cidade natal. Cursou Filosofia, Letras e Jornalismo, e iniciou a carreira como revisor no Diário do Nordeste. Mais tarde, transferiu-se para o jornal O Povo. Na década de 1980 publicou poesia, e nos anos 1990 atuou como editor. 

Em 1999, com O poder e a    peste: a vida de Rodolfo Teófilo, ele publicou a sua primeira biografia. Alguns anos depois deixou o jornalismo diário justamente para apostar na nova área, dedicando-se a biografiar o ex-presidente Humberto de Alencar Castello Branco, o escritor José de Alencar, a cantora Maysa, o Padre Cícero e, recentemente, o ex-presidente Getúlio Vargas, numa trilogia que projetou de vez seu nome no cenário nacional e internacional. A seguir, em entrevista por e-mail, concedida na véspera de sua vinda a Santa Cruz do Sul, Lira Neto reflete sobre o boom das biografias no País.

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