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OPINIÃO

Lira, Laurindo e Luna

A harmonia começa nos nomes. Três letras “L” que sintonizam seu dia para além de iniciais. Os três moram onde a planície já virou serra, levando consigo a mudança de temperatura e pressão, próprias das transições de relevo que modificam a paisagem em rápida sequência. Subir 500 metros em 30 quilômetros significa bem mais do que transitar por uma estrada de chão batido que se alinha por entre curvas desenhadas pela possibilidade de melhor se acessar a localidade de Linha dos Pomeranos, a partir de Cerro Branco.

O casal Lira e Laurindo é acompanhado pela Luna. Luna, nome de satélite, que orbita afetuosa em torno do quotidiano das atividades e dos acontecimentos da moradia, estruturada nos 60 hectares que formatam a propriedade junto à estrada geral. Luna não duvida em se lançar às águas do açude para buscar um graveto, como se diverte em ensopar a quem esteja por perto, em demonstração de alegria e conquista. Ela corre, estanca, observa e segue. Acompanha. Conhece o terreno sem desconhecer a novidade que se apresenta a todo momento. Novidade feita um movimento, um som ou simplesmente uma touceira onde se esbalda esparramada de corpo inteiro. Novidade repetida a cada final de semana ou feriado, quando chega Daniela, nora do casal Lira e Laurindo. Dani, como é chamada, parceriza 4 letras com Luna. Letras movidas por cuidados e atenções, destas as mais esperadas.

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Atenção e cuidado que ressoam pelo campo, sob os eucaliptos alinhados em premiada técnica agroflorestal, nas profusas águas que vertem generosas, nas rochas que antes alisam do que atritam, na horta e no pomar de todas as variedades, no jardim das rosas perfumadas, na cuca saborosa, no almoço melhor preparado, na biblioteca domiciliar, nos pássaros de muitas cores, como os tucanos que vigiam a entrada da “Gruta do Índio”. Gruta acessada por uma estradinha que contorna a propriedade de dona Lira e de seu Laurindo. Gruta respeitada pelo arenito movido pelo vento e permeabilizada pelo gotejamento milenar. Gruta misteriosa, estranhamente agredida pelos nomes rabiscados pelas paredes. Paredes encurvadas que não temem a escuridão de suas internalidades, até porque, logo abaixo, uma saída inesperada se apresenta em renovado acesso.

Acessar se faz em prazerosa busca e atenta curiosidade estendida da Gruta à sala de visitas da moradia da família. À pergunta sobre os dois jovens eternizados no quadro abaixo da imagem dos pais, a resposta não demora: “são nossos filhos, Romar e Márcia”. Os dois evocam os mares da Pomerânia ancestral: RoMAR E MARcia.

NOSSO DIA
Somos crianças, ou deveríamos ser, ao menos em boa medida. Crianças de todos os nomes, idades e lugares. Crianças protegidas pela padroeira do Brasil, país feito planeta sob o véu de envergadura universal.

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MUITAS BIOGRAFIAS
Há 150 anos, no dia 3 de outubro de 1874, as irmãs franciscanas, em atitude comunitária, lançavam a pedra fundamental do Colégio Sagrado Coração de Jesus. Cumprimentos à instituição, que encontra na Dom Alberto continuidade educacional.

PALMAS PARA A EEEF BRUNO AGNES
Diretor Dionísio, vice-diretora Zuleica, coordenação, equipe docente e de apoio, estudantes e comunidade escolar, vocês eternizaram a semana de 8 a 11 deste outubro em simbiose de livros e natureza sob a temática: a consciência ambiental através da literatura.

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