O lipedema é uma doença crônica e progressiva em que se pode observar um aumento anormal de gordura, principalmente na região dos membros inferiores. Por isso, muitas vezes é confundida com um quadro de obesidade. A doença, que acomete normalmente mulheres, é associada basicamente a predominância estrogênica e estilo de vida (alimentação, atividade física, etc.). Está relacionada a períodos de mudanças hormonais como menarca, gravidez, indução de gravidez e menopausa. Fatores hereditários parecem também estar envolvidos em seu desenvolvimento.
De acordo com o cirurgião vascular Edson Lucas Colomé, caracteriza-se por deposição de gordura de forma simétrica em membros inferiores ou superiores (ou em ambos), poupando o tronco, o que leva a uma desproporção tronco/membros. “Embora mais de 50% das pacientes portadoras da doença apresentem sobrepeso ou obesidade, ela pode aparecer em pacientes sem essa condição e deverá ser diferenciada desta”, alerta.
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Colomé também explica que outra patologia comumente confundida com o lipedema é o linfedema, doença dos vasos linfáticos que compromete os membros afetados, incluindo mãos e pés. Isso não acontece nos estágios iniciais do lipedema, que poupa os pés e leva ao sinal do bracelete.
A doença se manifesta por: alterações estéticas nas áreas comprometidas com aumento do volume dos membros, celulite, inflamação do tecido gorduroso com dor ao toque, sensação de peso e cansaço nos membros inferiores, hematomas frequentes e sinal do bracelete, com afinamento de punhos e tornozelos. Ocorre dificuldade em perder peso, mesmo com dieta e atividade física devido a fibrose em torno do tecido gorduroso inflamado e alterações funcionais linfáticas.
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“Esses sintomas e a falta de conhecimento da patologia pelo público e profissionais de saúde levam a paciente a apresentar distúrbios comportamentais como ansiedade, depressão e sensação de frustração, que comprometem a qualidade de vida, a capacidade social e laborativa da paciente”, frisa o médico.
O diagnóstico é feito de forma clínica, com a análise da deposição da gordura no corpo do paciente e dos outros sintomas associados. Apesar de o diagnóstico ser essencialmente clínico, exames como ecodopler colorido, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom podem ajudar a fechar o diagnóstico.
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Além disso, é possível notar uma carga emocional significativa, já que muitas mulheres acabam apresentando quadros depressivos, distúrbios alimentares ou de autoimagem.
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Como salientado, o lipedema é uma doença crônica, ou seja, não tem cura. Entretanto, conforme atesta o cirurgião vascular Edson Colomé, há tratamento para amenizar os sintomas do paciente, garantindo-lhe mais qualidade de vida.
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