Santa Cruz do Sul

Linha do tempo: a trajetória de 79 anos da Gazeta do Sul

A Gazeta do Sul completa nesta sexta-feira, 26, 79 anos de atuação ininterrupta no setor de comunicação. Essa marca torna o jornal um dos mais longevos do Rio Grande do Sul e até mesmo do cenário nacional, ainda mais caso se considere empresas jornalísticas estabelecidas fora das capitais ou dos grandes centros.

Com tal trajetória, a Gazeta não apenas registrou ou narrou os fatos, os da sua comunidade ou os do grande mundo, para seus leitores de cada época, mas também se transformou em um repositório da memória. Os arquivos das edições veiculadas ao longo das últimas quase oito décadas guardam uma riqueza imensurável de conteúdos que dizem muito sobre o desenvolvimento e o progresso local e regional, bem como sobre a cultura e sobre a sociedade.

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Num olhar retroativo, sequer a Segunda Guerra Mundial havia chegado ao término quando a Gazeta circulou pela primeira vez, em 26 de janeiro de 1945, então ainda com o título de Gazeta de Santa Cruz. Sua grande liderança nos primórdios foi o fundador, o jornalista Francisco José Frantz. Após seu falecimento, no dia 15 de junho de 1981, aos 64 anos, ele foi homenageado com a atribuição de seu nome ao Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, a antiga Estação Férrea, que entre 1905 e 1965 ligou Santa Cruz a Ramiz Galvão, pelo ramal ferroviário, e a partir de lá com o mundo.

Após a morte de Frantz (conhecido por todos na comunidade como Schloka), sua esposa, viúva Nelly Ema Schütz, assumiu a presidência, tendo o genro, o administrador André Luís Jungblut, como superintendente, função que exercia desde 1977. André era casado com Beatriz, uma das filhas de Schloka, também já falecida. A outra filha de seu Francisco e dona Nelly é Ângela, que reside em Porto Alegre. Seu André, por sua vez, tem a filha Rafaela. Posteriormente ao falecimento de dona Nelly, ele se tornou o diretor-presidente do grupo.

A Gazeta iniciou a sua missão na comunicação social como jornal impresso, e ficou exclusivamente com essa mídia por três décadas e meia, até 1980. Nessa ocasião, com a abertura da Rádio Gazeta, antiga AM 1.180, a empresa ingressou também na radiodifusão, ampliando a cobertura jornalística em sua missão de informar a comunidade regional. A essa primeira emissora foram agregadas outras quatro. Atualmente todas estão operando em Frequência Modulada (FM), num total de três em Santa Cruz, uma em Sobradinho e uma em Rio Pardo.

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A efetivação da condição de grupo de comunicações foi assegurada ainda com um jornal semanário em Sobradinho, a Gazeta da Serra, que completa quatro décadas de atuação em 2024, exatamente a metade da longevidade da Gazeta do Sul. Com o advento da internet e das plataformas digitais, o Portal Gaz tornou-se a base na qual todos os conteúdos produzidos pela Gazeta são compartilhados com o grande público, incluindo os da Editora Gazeta, o braço de atuação nacional da empresa.

Linha do tempo

  • 1891: Circula a primeira edição do jornal Kolonie, que era veiculado em alemão e, com algumas interrupções nos trabalhos, existiu até 1941.
  • 1943: Com a extinção do Kolonie, começa a ganhar corpo o movimento visando a criação de um novo jornal para a comunidade local. Um dos responsáveis pela mobilização foi Francisco José Frantz. Para isso, é estruturada a Editora de Santa Cruz, que fica responsável pela publicação do jornal.
  • 1945: Após um período de planejamento e organização, enfim circula a primeira edição da Gazeta de Santa Cruz, no dia 26 de janeiro. As edições eram semanais nos primeiros meses. A partir de dezembro do mesmo ano, o jornal já começa a sair duas vezes por semana.
  • 1950: Até os anos de 1956/57 as páginas eram impressas na antiga Gráfica Rech, localizada na Rua Ramiro Barcelos, onde hoje fica a agência do Sicredi. No início da década de 1950, começam a chegar as primeiras máquinas importadas para a impressão do jornal. A produção era feita de um modo artesanal nos primeiros anos.
  • 1957: A cobertura do jornal passa a ser regionalizada, e a Gazeta de Santa Cruz passa a ser chamada de Gazeta do Sul.
  • 1972: O formato do jornal muda. Até então com tamanho standard, a Gazeta do Sul passou a adotar o modelo tabloide, que é o utilizado atualmente pela maioria dos jornais.
  • 1979: A impressora rotoplana Goss-Cox-o-Type, adquirida na década de 1950, dá lugar ao sistema offset, que agilizou o processo de produção do jornal.
  • 1988: O jornal passa a ser diário. Na mesma época começa uma nova fase com mudanças na redação, que dá os primeiros passos rumo à informatização. Nos anos de 1994 e 1995 a Gazeta recebe os primeiros 36 computadores, também depois de o governo autorizar a importação. As máquinas de escrever, que acompanhavam o dia a dia dos jornalistas, vão deixando de ser usadas.
  • 1996: A Gazeta começa a circular às segundas-feiras.
  • 1997: O jornal passa a ter páginas coloridas. Esta mudança voltou a exigir ajustes na área gráfica. A impressora rotativa inaugurada quase duas décadas antes recebeu novas estações de impressão que, a partir de quatro cores básicas, compunham toda a gama de tons estampados nas páginas. A capacidade de produção cresceu, com seis exemplares impressos a cada segundo, numa capacidade de 16 mil unidades por hora. Foi nesse período que chegou a primeira câmera fotográfica digital.
  • 2009: Lançado o Portal Gaz, que se tornou um dos maiores canais de notícias do interior do Estado, com atualização constante e forte presença nas plataformas digitais.

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Guilherme Bica

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