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Liga Gaúcha: um torneio para valorizar os clubes e o futsal

Um dos esportes mais praticados no país, o futsal vem, há algum tempo, enfrentando graves dificuldades financeiras. E um dos locais onde isso mais se reflete é no Rio Grande do Sul, conhecido pela sua tradição nas quadras. A principal competição, o Estadual Série Ouro, organizada pela Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS) passou a perder prestígio, com o desinteresse dos patrocinadores e os recursos cada vez mais escassos.

O descontentamento dos clubes, que já era grande nos últimos anos, ganhou evidência no ano passado, quando dirigentes das equipes passaram a se reunir buscando soluções. E os encontros renderam frutos: a formação de uma liga independente, que pretende organizar a competição com a chancela da FGFS. A Liga Gaúcha de Futsal é recente, mas já se coloca como a esperança para dias melhores do esporte no Rio Grande do Sul.

Na próxima segunda-feira, 27, em Carlos Barbosa, ocorrerá o congresso técnico que definirá a fórmula de disputa da competição e a tabela de jogos. O regulamento, contudo, já está encaminhado. Gestor executivo da ACBF, uma das equipes que tomou a frente da organização da Liga Gaúcha ainda no ano passado, Francis Berté considera que a competição este ano será mais atrativa e dará maior visiblidade para os clubes.

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A inspiração para a criação da Liga Gaúcha vem de exemplos bem conhecidos. “Houve movimentos parecidos na Liga Nacional e na Liga Paulista. São ligas independentes e autosustentáveis”, explica Berté, em entrevista à reportagem da Gazeta da Serra. O dirigente lembra que, além da ausência de patrocínios, os clubes ficavam responsáveis também por pagar taxas de arbitragem e de participação. “As equipes tem que investir na sua estrutura”, afirma.

A Liga Gaúcha de Futsal já teve definições importantes, como a escolha de sua diretoria, ocorrida na reunião do dia 15 de março. O dirigente Claiton Almeida, de Porto Alegre, será o presidente pelos próximos quatro anos. Outra questão colocada foi a da exigência dos clubes de atuar em quadras com dimensões mínimas de 36m x 18m.

Briga mais acirrada no torneio

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A desistência da ADS, de Sananduva, que fechou o departamento profissional, e da AGF, de Guaíba, pela confirmação de que não terá apoio do Poder Público, deixou a Liga Gaúcha com 12 equipes, número considerado ideal pelos dirigentes. “Desde o início, a intenção era ter um campeonato definitivo com esse número de equipes”, lembra Berté.

O regulamento deve ter as 12 equipes jogando entre si na primeira fase, em turno e returno. Os oito primeiros avançam para as quartas de final, enquanto os dois últimos serão rebaixados para a Série Prata. O número reduzido de equipes e o fato de haver índice técnico pode acabar com um problema que rondou a competição no ano passado: partidas com equipes sem objetivos a alcançar, apenas para cumprir tabela.

Outra missão da diretoria da Liga é recuperar o prestígio do futsal gaúcho na mídia estadual. Conforme Berté, há conversas com emissoras de televisão para a transmissão de partidas da competição. No ano passado, apenas as duas finais entre ACBF e Atlântico foram televisionadas, pelo canal a cabo Sportv. Em anos anteriores, até mesmo na TV aberta algumas partidas eram transmitidas.

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A diretoria da Liga Gaúcha de Futsal:

Presidente: Claiton Almeida (Porto Alegre)
Vice-presidente de Finanças: Fabiano Käfer (ACBF)
Vice-presidente técnico: Elton Dalla Vecchia (Atlântico)
Vice-presidente Administrativo: Vianei Hammes (Assoeva)
Coordenador: Nelson Baviera
Diretor de Arbitragem: Carlos Quaresma
Diretor de Marketing: Alex Hermann

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