Dois blocos de clubes que estão na Série A e na Série B do futebol brasileiro – Liga Forte Futebol e Grupo União – venderam 20% de seus direitos comerciais pelos próximos 50 anos para um grupo de investidores do qual fazem parte a gestora de recursos Life Capital Partners (LCP) e o fundo General Atlantic, além da XP. O fundo Serengeti, que até recentemente fazia parte dessa articulação, se retirou da negociação. O contrato diz respeito a receitas obtidas pelos clubes entre 2025 e 2075.
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O negócio foi fechado em cerca de R$ 2,6 bilhões, a serem distribuídos entre os clubes, de acordo com critérios previamente estabelecidos. Quase metade desse valor deve ser pago já nesta quarta-feira, 1º. A outra metade será paga em duas parcelas: uma daqui a um ano, a outra daqui a dois anos.
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Cerca de R$ 900 milhões serão distribuídos imediatamente para os clubes da Série A que fazem parte desses dois blocos. São eles: Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico-PR, Botafogo, Coritiba, Goiás, Fortaleza, América-MG e Cuiabá. Deste valor será descontado o que cada clube já pegou de adiantamento com a XP, casos de Botafogo, Ceará, Coritiba, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza e Vasco. O Fluminense, por exemplo, já pegou R$ 43 milhões adiantados. Agora, teria direito a cerca de R$ 100 milhões – com o desconto do que já recebeu, terá cerca de R$ 57 milhões.
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Os clubes da Série B deveriam receber imediatamente cerca de R$ 400 milhões. Mas metade desse valor sofreu uma retenção por causa de contratos em vigor hoje e com duração para além de 2025. É o caso do atual contrato de transmissão da Série B, vendido para a Brax até 2026. Além disso, a empresa tem um direito de preferência na renovação desse contrato. Os clubes da Série B, portanto, vão receber imediatamente R$ 200 milhões. O pagamento dos demais R$ 200 milhões fica condicionado à maneira como esses contratos serão encerrados e/ou negociados.
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Os clubes da Série B que fazem parte da Liga Forte e assinaram este contrato são: Sport, Ceará, Avaí, Chapecoense, Juventude, Atlético-GO, Criciúma, CRB, Vila Nova, Londrina, Tombense, Figueirense, CSA e Operário. A exceção é o Brusque, que subiu da Série C e em 2024 vai disputar a Série B. O clube considerou os valores baixos e não quis vender 20% de seus direitos.
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