O sinal de alerta está ligado nos municípios que são banhados pelo Rio Jacuí em razão da presença das piranhas vermelhas, peixes carnívoros também chamados de palometas que podem colocar em risco o ecossistema e a economia. Os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, e de Meio Ambiente, Luiz Henrique Vianna, se reuniram virtualmente nessa sexta-feira, 24, para debater o assunto.
“Os prefeitos têm nos procurado preocupados com a situação, que pode ter impactos drásticos na economia, no turismo e no próprio equilíbrio ambiental de espécies nativas do rio. Municípios como Rio Pardo, Vale Verde, General Câmara e Cachoeira do Sul já estão em monitoramento constante dos casos que são relatados, a maioria por pescadores”, informou Edson Brum.
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A suspeita é que as piranhas, que não são nativas da região, possam ter chegado até o Jacuí por meio de canais de irrigação e outros afluentes. Pescadores já encontraram palometas de até quase um quilo. “Entramos em contato com o Ibama para encontrarmos uma solução. Precisamos da anuência deles para traçarmos a melhor estratégia. Já estamos analisando as sugestões de um abate em massa controlado ou a proibição da pesca do dourado, predador natural da palometa, o que também deverá ser feito com cuidado para não causar outro desequilíbrio ambiental”, relatou o secretário Vianna.
Na reunião de quinta-feira, a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o requerimento de autoria do presidente, deputado Adolfo Brito, para a realização de audiência pública no próximo dia 29. O encontro debaterá a invasão das palometas no Rio Jacuí e em outros rios de água doce e as consequências para o ecossistema e a atividade pesqueira. “Recebemos documento da Câmara de Vereadores de Sobradinho e relatos de pescadores da região central, preocupados com a situação”, disse Brito.
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